Gestores e colaboradores devem estar preparados para se relacionar dentro das organizações nas quais atuam, em um contexto globalizado como o atual. Assim, são necessários currículos que contemplem cultura e interculturalidade a fim de que adquiram conhecimentos e possam desenvolver capacidades relativas ao estabelecimento de relações mais positivas e saudáveis entre os que compartilham o ambiente organizacional. Nesse sentido, este estudo objetivou avaliar se as instituições de ensino superior de Minas Gerais estão formando administradores aptos a lidarem com a questão intercultural. A abordagem qualitativa foi escolhida como perspectiva metodológica. Os dados foram coletados por meio de pesquisa documental e de questionário. O estudo focalizou os cursos de Administração que obtiveram nota máxima no Enade de 2012 e os resultados demonstraram que, entre as instituições que participaram do estudo, nenhuma delas parece priorizar a temática da globalização e interculturalidade na formação dos futuros administradores, sendo um tema abordado, mas com um patamar de segundo plano nos currículos.
Partindo do âmbito das políticas internacionais ligadas ao idioma nacional, este artigo discute o posicionamento de profissionais que atuaram junto à política linguística externa - Programa de Leitorado - do governo brasileiro. O objetivo do estudo é verificar o posicionamento de ex-leitores quanto à experiência profissional de atuar na referida política. Para isso, o artigo analisa contrastivamente, por meio da Análise do Discurso Semiolinguística, os discursos que estes sujeitos apresentaram em relatórios oficiais enviados ao Itamaraty, bem como em resposta a um questionário aplicado pela autora. De modo geral, a análise dos dados permitiu concluir que, nos relatórios oficiais, os leitores se mostraram bastante satisfeitos diante da experiência que vivenciavam a cada semestre de trabalho realizado. No entanto, quando projetaram um Tud não institucionalizado (o qual equivale, em termos de Tui, à presente pesquisadora), o discurso adquiriu um tom de crítica e várias problemáticas foram apontadas.
Como parte do processo globalizante, e enquanto reflexo da tentativa de sustentar e (re)afirmar a supremacia do Estado Moderno, alguns países têm executado políticas ligadas à promoção internacional de suas línguas oficiais (OLIVEIRA, 2010; 2013). Diante disso, este artigo problematiza a atuação do governo brasileiro em relação ao Programa de Leitorado - política de promoção do português brasileiro em universidades estrangeiras. A partir dos dados gerados - informações disponibilizadas no site da Rede Brasil Cultural, Editais da CAPES para a seleção de leitores, e depoimentos de leitores e ex-leitores, discute-se então a inconstância que caracteriza o funcionamento deste programa enquanto política de Estado e aponta-se como isso tangencia os requisitos de seleção e remuneração dos leitores. A análise realizada revela que, em termos de gestão e alcance mundial, os leitorados têm sofrido apagamento na agenda estatal dos últimos anos, o que leva as conclusões a destacarem a importância de algumas ações que levem à ampliação do Programa de Leitorado, a fim de que as possibilidades de congelamentos esporádicos ou suspensão definitiva sejam minimizadas.
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