Este texto tem por base a investigação realizada sobre a Procissão de Nossa Senhora de Guadalupe, ocorrida nas Festas de Guadalupe, em Rianxo, localidade da Galiza. Num primeiro momento, apresentam-se aspetos descritivos das festas e da própria procissão, complementados com a análise dos registos históricos que auxiliam na compreensão do culto analisado, a partir de uma abordagem teórica centrada nos conceitos de transculturalidade (Erll, 2017; Welsch, 2017) e de Pathosformeln (Warburg, 2018). As Festas de Guadalupe podem ser analisadas como imagens, mas também como modo de constituição da realidade não unicamente visual, como um modo de "fazer" que está imbuído da sua capacidade de transformação e ressignificação. Consideramos, portanto, que a imagem não se esgota no momento contemplativo, mas é a construção própria do tempo-espaço segundo um regime discursivo que estrutura a nossa relação com o real. Assim, neste percurso, assumimos que ela detém potencialidades que modificam a própria interpretação e, consequentemente, agrega diversas materialidades ("dados" historicamente localizados).

Este texto retoma a questão do Expressionismo, que foi cara à crítica do início do século XX. Propõe-se uma análise a partir de Theodor Adorno e Walter Benjamin tendo como referências o diagnóstico sobre a arte de vanguarda e a relação entre obra e história. O objetivo é aproximar essas concepções à plástica do movimento. Posicionamentos da história da arte também são inseridos na discussão.

Pretendemos nesta exposição tratar acerca do princípio da interioridade, o qual sela a arte pictórica, de acordo com a estética hegeliana. Por mais que a subjetividade seja, segundo o próprio Hegel, o princípio básico da pintura, a interioridade caracterizará justamente o aporte da comoção, que ocorre na relação com o divino na era cristã.

Este ensaio trata do pintor Franz Marc. Por meio da produção do artista, prentendemos explorar a relação ainda existente entre a estética romântica e expressionismo.