As transformações tecnológicas vivenciadas nos últimos anos têm ampliado às discussões acerca do impacto das tecnologias sobre a sociedade de modo geral e sobre as organizações. Partindo desse contexto, o objetivo do artigo foi analisar as relações entre os construtos transformação digital, modelo de negócios, estratégia organizacional e capacidades dinâmicas, bem como a inserção desses na temática da inovação. Trata-se de ensaio teórico construído a partir da análise de publicações consolidadas e discussões recentes que abordam as temáticas de modelo de negócios, estratégia e transformação digital. Os resultados apontam uma estreita relação entre as temáticas, sendo que a busca por novos modelos de negócios, a transformação digital e a adoção de estratégias específicas por parte das organizações são identificadas como formas de gerar valor para os clientes, fomentar a inovação e, em última instância, criar vantagem competitiva sustentável para as organizações. Conclui-se que, não obstante o objetivo comum, a condução setorizada dessas temáticas no contexto organizacional pode ser prejudicial para o alcance dos objetivos organizacional. Entende-se que o artigo contribui para as discussões sobre as relações entre modelo de negócios e estratégia, incluindo o contexto de transformação digital como mais um elemento.
Com o objetivo de analisar como a temática das competências é abordada nos estudos organizacionais, realizou-se uma revisão integrativa de literatura, utilizando as bases de dados Web of Science e Scopus. Foram analisados 126 artigos, classificados em três eixos de análise, são eles: a lógica das competências para o desenvolvimento de pessoas, competências associadas às categorias profissionais, e temas recorrentes e emergentes envolvendo competências. Observou-se a prevalência de estudos quantitativos em organizações privadas sob influência das correntes teóricas americana, inglesa, francesa e integradora. A profissão docente teve maior atenção das pesquisas relacionadas à educação e a de médico no contexto da saúde. As competências empreendedoras e as competências de gestão estão entre as temáticas recorrentes, enquanto a interdisciplinaridade e competências socioambientais entre os temas emergentes. O estudo apresenta um panorama das publicações sobre a temática e aponta caminhos para futuras pesquisas.
Seguindo uma tendência internacional, há uma tentativa de implementação da gestão por competências no serviço público federal brasileiro. Nesse contexto, o objetivo deste artigo é analisar a opinião de diferentes atores organizacionais sobre o conceito de competência, as políticas e as práticas de desenvolvimento de competências empreendidas em uma Instituição Federal de Ensino Superior (IFES). A abordagem da pesquisa é qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com sete Técnicos Administrativos em Educação (TAE), sendo três deles ocupantes de cargos de gestão em diferentes áreas. O tratamento dos dados foi realizado com base na análise de conteúdo. Os resultados apontam para existência de diferenças entre as visões de quem ocupa ou não cargo de gestão sobre o que é ser competente, bem como sobre as formas pelas quais os servidores desenvolvem suas competências no âmbito da IFES. Conclui-se que há necessidade de aprimoramento das práticas de desenvolvimento de competências no contexto estudado. O artigo contribui para a compreensão dos desafios da gestão de competências na administração pública.
This essay aims to analyze the debate on microemancipation widespread in Critical Management Studies, confronting the objectives of critical theory with regard to emancipation. Methodologically, we sought to observe the guidelines of Meneghetti (2011) and Bertero (2011) that present reflections on the production of essays in the field of organizational studies. The concept of emancipation for critical theory is taken up again from authors of the Frankfurt School. The concept of microemancipation is discussed from the work of Alvesson and Willmott (2010). Later on, the debate among Brazilian intellectuals about the concept of microemancipation and its adherence to the purpose of emancipation present in critical theory is analyzed. Finally, it is argued that the acceptance of the concept of microemancipation does not imply the negation of the ideal of emancipation advocated by critical theory, even if the concept is, in some cases, used in a way that is detrimental to the emancipatory purpose of criticism.
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