Com os adventos da tecnologia, vídeos têm sido cada vez mais utilizados como recurso didático, com grande potencial para o ensino de matemática para estudantes surdos e ouvintes. Assim, esta pesquisa documental teve como objetivo realizar o levantamento, análise e discussão de videoaulas de matemática acessíveis para surdos. Sob a análise de 144 videoaulas foi possível observar a maior concentração de publicações a partir do ano de 2017, com vídeos curtos e abordando o conteúdo de números e operações básicas. Quase metade dos vídeos foi avaliado com qualidade de visualização da Língua brasileira de sinais (Libras) ruim ou regular. Concernente à tradução em Libras, mais de 90% foi avaliada como deficitária ou com vocabulário básico, revelando inclusive omissões de informações. Desse modo, conclui-se que embora existam videoaulas de matemática acessíveis para surdos, essas ainda são escassas e as existentes podem apresentar problemas de qualidade.
A presente pesquisa teve como objetivo a investigação do uso do rastreio ocular na educação inclusiva, visto que essa ferramenta é uma maneira de medida implícita e não invasiva da medida do olhar. Tais dados podem atuar como avaliadores do processo atencional durante a realização de atividade pedagógica por estudantes pertencentes ou não da Educação Especial e Inclusiva. Nos questionamos então “Como o rastreamento ocular está sendo utilizado na educação matemática sob a perspectiva do desenho universal para aprendizagem?”. Para responder, realizamos uma revisão sistemática nos bancos de dados nacionais e internacionais. Identificamos uma lacuna quanto a um público diverso, com trabalhos anteriores sempre mantendo um perfil comportamental pouco detalhado ou muito homogêneo, bem como recursos visuais não muito elaborados. Ao fim, propomos um protocolo que compilou todas as especificações dos métodos utilizados, contendo as informações frequentemente registradas pela literatura, o detalhamento de perfil e de métricas do ramo. Contribuindo para a área de rastreio ocular no contexto da Educação Especial e Inclusiva.
Resumo Sob o paradigma da educação inclusiva, o ensino de Matemática para estudantes surdos e ouvintes tem sido um desafio para professores que, frequentemente, se deparam com a escassez ou inexistência de materiais didáticos bilíngues em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e Língua Portuguesa. Nesse sentido, esta pesquisa aplicada de abordagem qualitativa teve o objetivo de produzir quatro videoaulas de Matemática bilíngues Libras/Língua Portuguesa para a Educação Básica. As videoaulas produzidas foram testadas junto a alunos surdos e ouvintes com registro em áudio e vídeo e aplicação de questionário com roteiro semiestruturado, posteriormente transcritos e analisados a partir de excertos representativos. Os resultados revelaram que, embora se reconheça a importância do uso de recursos visuais na Educação Matemática e no ensino de surdos, os participantes da pesquisa relataram nunca terem tido contato com tal material em classe. Ademais, foi ressaltado o aspecto positivo da ampliação e inversão do espaço destinado ao tradutor e intérprete de Libras/Língua Portuguesa na tela, habitualmente reservado a uma janela no canto inferior direito por outros vídeos. Com isso, demonstrou-se que a elaboração de videoaulas pode constituir uma importante estratégia para o campo dos materiais didáticos de ensino de Matemática para surdos.
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