RESUMO: O atraso do desenvolvimento motor em crianças com Síndrome de Down (SD), em consequência das características e da presença dos distúrbios associados, pode levar à lentidão na aquisição ou a limitações das habilidades funcionais. Assim, este estudo teve como objetivo caracterizar o equilíbrio e a mobilidade funcional de crianças com SD, uma vez que possibilitam a execução de atividades do cotidiano. O estudo transversal com amostra de conveniência foi realizado com crianças com SD, confirmado por cariótipo, na faixa etária entre oito e 12 anos. A avaliação do controle postural foi realizada com dois instrumentais: Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP) e Teste de Alcance (TA). Foram avaliados 21 participantes com SD, 12 (57%) meninos e nove (43%) meninas, mediana de idade de 10 [8-11] anos. O escore obtido na EEP foi de 53 (51-54). A distância obtida no TA foi de 19 cm (17-23,5). Os resultados mostraram que a realização de atividades funcionais foi pouco afetada, conforme a mediana do escore na EEP; no entanto, alguns participantes pontuaram entre 48 a 51. As medidas atingidas no TA implicam redução da mobilidade funcional.
a capacidade de manter o equilíbrio é pré-requisito para execução de várias atividades da vida diária. Para a regulação do equilíbrio, o sistema de controle postural necessita de informações quanto às posições relativas dos segmentos do corpo e à magnitude das forças atuantes. As informações são provenientes dos sistemas: visual, somatosensorial e vestibular. Alguns indivíduos com perda auditiva neurossensorial podem ter prejuízos no processo de aquisição de habilidades motoras básicas, em função de problemas no equilíbrio. O objetivo desse estudo foi comparar o equilíbrio entre crianças com deficiência auditiva e ouvintes de nove a 12 anos de idade. A amostra foi composta de 20 crianças, sendo 10 com deficiência auditiva e 10 ouvintes. Para avaliação foi aplicada a Escala de Equilíbrio Pediátrica - EEP (versão brasileira) e o Teste de Alcance. Em relação à EEP, as crianças com deficiência auditiva apresentaram mediana de 55 e as ouvintes de 56 pontos (p=0,007). No Teste de Alcance as crianças com perda auditiva e as ouvintes obtiveram as seguintes medianas: Alcance Anterior - 24/29 (p=0,021); Alcance Lateral Direita - 16/22 (p=0,001); Alcance Lateral Esquerda - 14,5/22 (p=0,002), respectivamente. Os resultados sugerem que as crianças com perda auditiva neurossensorial apresentaram déficit de equilíbrio, em comparação com as crianças ouvintes. Tal fato pode estar relacionado com a perda auditiva neurossensorial, uma vez que crianças com essa deficiência podem apresentar, concomitantemente, alterações de equilíbrio causadas pelo déficit na quantidade e/ou qualidade das informações provenientes do aparelho vestibular. Assim, foi possível identificar que as crianças com deficiência auditiva apresentam alterações no equilíbrio, quando comparadas as crianças ouvintes.
Objetivo. Verificar o comprometimento do controle postural em crianças com paralisia cerebral. Método. 64 crianças foram avaliadas e divididas em quatro grupos G1: cinco e seis; G2: sete e oito; G3: nove e dez anos, com desenvolvimento típico, e; G4: cinco a 12 anos, com paralisia cerebral. O controle postural foi avaliado por meio da Escala de Equilíbrio Pediátrica, Teste de Alcance e Plataforma de Força. Resultados. O déficit no controle postural foi identificado no G4, na escala de equilíbrio pediátrica. O G4 obteve 52 pontos, quando comparadas as crianças do G2 (55,5) e G3 (56). No teste de alcance anterior houve diferença para o G4 (19cm) em relação ao G2 (25,5cm). Sobre a plataforma de força, na postura bipodal, a área do centro de pressão do G2 (1,62 cm²) e G3 (1,36 cm²) foi menor que do G4 (4,24 cm²). Conclusão. A criança com paralisia cerebral tem prejuízo no controle postural, na realização de atividades funcionais, mobilidade e área do centro de pressão, e seu desempenho aproximou-se das crianças com desenvolvimento típico na faixa etária entre cinco e seis anos.
Introduction: Down Syndrome is a genetic disorder caused by the presence of the third copy of chromosome 21 (total or partial). The syndrome occurs in approximately one out of every 700 – 1000 newborns per year. Objective:To analyze postural control (PC) of children and adolescents with Down Syndrome (DS) and to compare differences regarding age, sex, nutritional status, and physical activity (PA) levels. Methods: In this cross-sectional study, a convenience sample composed of 21 children and adolescents (9 girls) was categorized according to age: G1 (8 to 9 years old; n = 8), G2 (10 years old; n = 7), and G3 (11 to 12 years old; n = 6), Score-Z: eutrophic (n = 9) and overweight (n = 12), and PA level: practitioners (n = 7) and non-practitioners (n = 14). PC was assessed in the force platform (FP), in the standing position, with feet together during 30 seconds. The variables analyzed were the center of pressure area (COP) and the mean velocities of anteroposterior and mediolateral oscillation (VEL-AP and VEL-ML). Shapiro-Wilk test was used to test the normality of data. Kruskal-Wallis, Dunn’s, and Mann Whitney tests were performed to analyze associations with PC. Statistical significance was set at p<0.05. Results: The median COP, VEL-AP and VEL-ML were 3.55 [2.13 – 6.82] , 2.81 [2.32 – 3.16], and 2.98 [2.42 – 3.43], respectively. There were no differences in PC regarding sex, body mass index and PA level. The adolescents in G3 presented lower values of VEL-AP (G1=2,88 [2,82 – 3,21]; G2= 2,94 [2,35 – 3,39]; G3= 2,27 [2 – 2,3]) and VEL-ML (G1= 3,22 [3,14 – 3,68]; G2= 2,91 [2,52 – 3,63]; G3= 2,34 [2,1 – 2,39]). Conclusion: Sex, nutritional status, and PA level did not affect COP area and AP-VEL and ML-VEL. However, strategies were affected by age, as observed by differences in velocity, but did not affect the COP area.
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