Nous présentons dans cet article une proposition d’analyse du contexte actuel de l’ethnologie au Brésil. Dans un dialogue avec d’autres synthèses produites au long des dernières décennies, nous abordons l’une des particularités actuelles les plus significatives de ce sous-domaine de l’anthropologie brésilienne, à savoir l’émergence d’une anthropologie indigène. Plutôt que d’essayer de la définir, nous avons choisi de prendre position face à ce phénomène en exposant quelques-uns des problèmes suscités par les travaux de chercheurs amérindiens.
Agradeço ao CNPq pelo financiamento da pesquisa. Assim como a FAPESP, que aceitou e subsidiou a pesquisa vigente sob o processo n º 2014/06508-9. Aos funcionários do Departamento de Antropologia, principalmente Soraya Gebara que nunca faltou comigo. Aos funcionários do CEstA, Frank Nabeta e Lucas Ramiro, fundamentais na resolução dos problemas menores e ao mesmo tempo mais chatos. Ao Fábio Nogueira Ribeiro, coordenador da FPEC e colega de pesquisa, dentro outros motivos, pelas conversas por meio das quais vamos entendendo juntos os Zo'é. Agradeço ao Fábio e sua companheira, Kandyê Medina, por me receberem em sua casa nas idas e vindas de campo. Aos servidores da Funai que apoiaram a logística da pesquisa, principalmente o Preto (Joelmo Santos). Com Preto pude compartilhar dias em campo e, consequentemente, o aprendizado junto aos Zo'é. Às profissionais da Saúde (SESAI e CASAI), por me acudirem entre uma gripe e uma malária. Em especial a técnica de enfermagem Sandra Pena pela ajuda com algumas traduções e entendimentos dos modos de vida dos Zo'é, sobre os quais ela sempre foi muito atenta. À Dominique, para a qual os elogios advindos de sua orientação seriam infinitos. Meu profundo agradecimento pela confiança que culminou no convite de trabalho junto aos Zo'é. Aos meus professores. Marta Amoroso, pela sua abertura tanto aos temas clássicos quanto aos da ordem do dia. Stélio Marras, que desde meados da graduação me inspirou a não perder de vista a Antropologia das Ciências. Renato Sztutman, pela clareza com que transmite a Antropologia Política e tudo o mais. E Beatriz Perrone-Moisés, que me fez entender a importância de devorar monografias em sua completude. Para Bia novamente agradeço pelas contribuições na qualificação, e em outros diversos momentos de minha formação, sobretudo dentro da PT Redes Ameríndias. O professor Uirá Garcia também compôs a banca de qualificação. Agradeço seus comentários e seu interesse desde a primeira vez que apresentei meus dados de pesquisa em um evento no CEstA; sua tese é referência importante para minha dissertação. Ao professor Uirá, mais uma vez, e à professora Joana Cabral de Oliveira, agradeço por aceitarem fazer parte da banca de mestrado. Espero ter incorporado da melhor maneira possível seus generosos comentários à esta versão da dissertação. Agradeço José Agnello Andrade e Augusto Ventura dos Santos, pela ajuda com a sistematização dados, gráficos, diagramas, etc. A este último também agradeço a leitura e comentários de parte da versão prévia do texto. Por esse mesmo motivo agradeço também a amiga Ana Helena Branco. Ao professor e colega Levi Marques Pereira, cuja simplicidade, e trabalho no Mato Grosso do Sul são admiráveis. Com Levi e seus alunos na UFGD pude conversar sobre minhas hipóteses de pesquisa durante a escrita da dissertação; agradeço a contribuição de todas e todos presentes. Do pessoal do MS é preciso destacar Lauriene Seraguza e Diógenes Cariaga, pela hospitalidade, e pelo envolvimento com os Kaiowá e Guarani que tanto inspiram o trabalho de antropólogo e...
Resumo Esse artigo se insere no debate sobre panema, noção que caracteriza uma conhecida situação de insucesso na caçada. Entre os Zo’é, povo indígena da Amazônia brasileira, panema faz parte de uma lógica das qualidades sensíveis, uma vez que o corpo do homem panema é descrito como fétido, justificando o afastamento das caças. No primeiro momento do texto, demonstra-se como os aspectos olfativos conectam à caçada a diferentes âmbitos, tais como a culinária e os resguardos. É destacada a importância da moderação como uma potência para o sucesso no abate. Em um segundo momento, analisa-se a proposição de que o insucesso na caçada permite a comparação de homens panema com mulheres. Em se tratando de não matar caça, argumenta-se que o corpo panema é uma exclusividade dos homens em detrimento das mulheres. Por sua vez, propõe-se que a perspectiva de gênero combinada à atenção a diferentes casos de homens panema permite relativizar uma possível negatividade da existência dos mesmos, argumentando-se que sua vida não se reduz a tal condição. Com isso, pretende-se contribuir com o entendimento da noção de relação em etnologia, e, mais especificamente, de panema como um conceito de ampla circulação na Amazônia e além.
O vigor das contribuições de E. E. Evans-Pritchard à antropologia já é amplamente conhecido, e não é diferente em Applied Anthropology, palestra dada à Sociedade Antropológica da Universidade de Oxford, em 1945. No que segue, nos propomos esboçar um diálogo com este texto, a partir de uma subárea da antropologia brasileira, a etnologia indígena, em suas relações com um campo específico de aplicação de conhecimentos, a chamada "questão indígena", uma temática habitualmente associada ao "indigenismo". Não teremos espaço aqui para restituir "os muitos fôlegos do indigenismo" (Oliveira Filho e Souza Lima 1982; cf. também Cardoso de Oliveira 1994) nem debater suas transformações conceituais (cf. Ramos 2012). Fato é que, hoje no Brasil, o indigenismo é um "fenômeno político" que vai "muito além da incorporação estatal dos povos indígenas", incluindo diversos atores indígenas e não indígenas num campo de forças que abrange tanto políticas públicas oficiais como de instituições privadas (idem: 5).É preciso ainda salientar que indigenismo não é necessariamente um campo da antropologia aplicada 1 . Assim, neste breve diálogo com Evans-Pritchard, encontramos uma oportunidade de evidenciar o quanto a oposição entre teoria e prática é equivocada, 1 "Antropologia e indigenismo não são comparáveis uma vez que as suas práticas procedem de contextos de produção distintos e se realizam em campos sociais diferenciados. Enquanto a antropologia se realiza envolvendo basicamente as agências e as instancias próprias do campo intelectual, o indigenismo deve ser visto como produto de uma singular articulação entre campo intelectual e campo político, distinguindo-se, desse modo, tanto de uma antropologia aplicada quanto de discursos e práticas burocráticas, destinados a administração dos indígenas" (Oliveira Filho e Souza Lima, 1982: 289).
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