Fundamentos: A vacinação contra a COVID -19 é essencial para o controlo da pandemia. As reações adversas após a vacinação são comuns, embora a anafilaxia seja rara. Objetivos: Caracterizar as reações imunoalergológicas que motivaram referenciação pré -vacinação dos cuidados de saúde primários (CSP), analisar o impacto da alergia medicamentosa nesta referenciação e avaliar o resultado da vacinação após estratificação do risco. Métodos: Estudo observacional retrospetivo, com inclusão dos doentes referenciados à consulta de Imunoalergologia de um hospital terciário a partir dos CSP para avaliação do risco de reações de hipersensibilidade (RHS) graves à vacina contra a COVID -19 entre janeiro -junho de 2021. A estratificação do risco foi efetuada de acordo com o protocolo do serviço. Resultados: De um total de 733 doentes referenciados dos CSP, 510 foram admitidos, dos quais 445 foram avaliados, 369 (83%) do sexo feminino, média de idades 66±13 anos [20 -99 anos], 122 (27%) atópicos. A maioria (n=349, 78%) foi referenciada por reações prévias a medicamentos, dos quais 69 (15,5%) por reações a vacinas. Os anti -inflamatórios não esteroides (n=97, 51%) e os antibióticos (n=70, 36%) foram os mais reportados nas suspeitas/ hipersensibilidade confirmada a fármacos. O perfil das reações medicamentosas diferiu nos doentes de baixo risco (61% com RHS, 39% anafilaxia) e de risco intermédio/elevado (92% com RHS, 65% anafilaxia). Após avaliação, 323 doentes foram encaminhados para vacinação no centro de vacinação, dos quais 280 receberam pelo menos uma dose da vacina. Dois doentes tiveram agravamento da urticária crónica e uma teve reação vasovagal após a vacina. Foram vacinados em meio hospitalar 122 doentes, dos quais 69 receberam uma dose da vacina. Apenas dois apresentaram reações cutâneas ligeiras. Conclusões: A alergia medicamentosa foi o principal motivo de avaliação do risco pré -vacinação. A maioria dos doentes foi vacinada no centro de vacinação sem intercorrências. O protocolo utilizado foi eficaz, sem reações de relevo nem casos de anafilaxia.
A rinite alérgica é uma patologia inflamatória da mucosa nasal, mediada por imunoglobulina E (IgE), que se manifesta por rinorreia mucosa, obstrução nasal, crises esternutatórias e/ou prurido nasal em relação com a exposição a aeroalergénios. A sua classificação depende da duração e gravidade dos sintomas que, quando não controlados, podem apresentar um grande impacto na qualidade de vida. Embora de diagnóstico essencialmente clínico, o recurso a testes cutâneos por picada e doseamento sérico de IgE específicas é importante na confirmação da etiologia e na caraterização dos alergénios envolvidos. O tratamento baseia -se em medidas de controlo ambiental, em terapêutica farmacológica e, em casos selecionados, no uso da imunoterapia com alergénios. Este artigo tem como objetivo reunir a atual evidência científica relativa à rinite alérgica, no que se refere à sua fisiopatologia, diagnóstico e adequada abordagem terapêutica, usando um caso clínico para contextualização do problema.
Background: Chronic urticaria (CU) is a frequent disease, with a prevalence of at least 1%. It is characterized by pruritic wheals, angioedema or both for a period longer than 6 weeks. Objetive: Identify the demographic, clinical, laboratory and therapeutic profile of patients treated in a Portuguese Urticaria Center of Reference and Excellence (UCARE) and compare it with international series. Methods: Retrospective analysis of database of patients observed in a specialized urticaria outpatient clinic, from January 2017 through September 2019, of a UCARE center in Portugal. Demographic and clinical features, laboratory findings and pharmacological treatment were obtained from the records. Descriptive analyses were performed for all variables. Chi square and fisher's exact tests were applied to analyze the independence of variables and the fit of distribution. P <0.05 was considered significant. Results: During this period, 477 patients were observed, of whom 429 (90%) were diagnosed with chronic urticaria.Mean age (years) at the onset of symptoms was 43.7 (standard deviation (SD) 17.6, range 6-88) and at diagnosis 46.7 (SD 17.8, range 6-88) resulting in an average diagnostic delay of 3 years (range 0-25). Median follow-up period since first attendance in the specialized outpatient clinic was 1.7 years (interquartile range (IQR) 0.79, range 0.1-2.75) . Concerning the whole group of CU patients, 347 (81%) had chronic spontaneous urticaria (CSU) -79% female, 39 (9%) had isolated chronic inducible urticaria (CIndU) and 43 (10%) had CSU with CIndU. Autologous serum skin test (ASST) was done in 76 patients (positive in 24 (32%)) and basophil activation test (BAT) was done in 38 (positive in 13 (34%)). At the moment of study, 204 (48%) of CU patients were medicated with a second-generation H1-antihistamine (sgAH) daily (first-line therapy), 99 (23%) with sgAH up to four times the standard dose (second-line therapy) and 126 (29%) with omalizumab (third-line therapy). Additionally, 7 (2%) patients were completing a short course of systemic corticosteroids for management of disease exacerbation. Disease control was achieved in 316 of CSU patients (81%).Conclusions: Referral to a specialized urticaria outpatient clinic is important for a proper assessment of the disease and adequately symptom control.
A rinossinusite aguda (RSA) define-se como uma inflamação da mucosa nasal e seios perinasais de duração <4 semanas, provocada por microrganismos, como vírus, bactérias ou fungos. Muitas vezes denominada por resfriado comum, a RSA, apesar de ser uma entidade muitas vezes vulgarizada, apresenta particularidades cujo conhecimento é essencial para otimizar a abordagem clínica e o tratamento a instituir. Este artigo pretende resumir as principais caraterísticas da RSA, no que se refere à sua fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico, diagnósticos diferenciais e adequada abordagem terapêutica, a partir de um caso clínico representativo da doença.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.