Fazer um diagnóstico correto é de fundamental importância para medicina e outras áreas da saúde. Sabendo disso, pesquisadores e órgãos do mundo todo têm procurado estabelecer sistemas diagnósticos padronizados, como é o caso da Classificação Internacional de Doenças (CID) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). Todavia, a CID-11, que será implementada a partir de 2022, traz alterações substanciais nos transtornos mentais infantis, entre eles Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID), como era mencionado na CID-10, fato que levantou diversas discussões quanto a seus motivos e implicações clínicas. Sendo assim, o presente trabalho objetivou analisar as principais questões apontadas na literatura, por meio da rememoração da história das classificações e transtornos mentais infantil, até chegar na classificação das patologias mentais dessa fase do desenvolvimento com a utilização do DSM e CID. Para cumprir com tal propósito, optou-se por uma revisão bibliográfica do tipo narrativa a partir da busca de artigos referentes ao DSM, CID, TID e Transtornos do espectro autismo (TEA) nas bases de dados “PubMed”, “Scielo” e “Google Acadêmico”. Como resultado, tanto a CID como o DSM parecem trilhar juntas na evolução dos estudos no que toca à nosologia psiquiátrica, embora o seja feito em meio a prós e contras. Nesse sentido, pode-se afirmar, portanto, que, mesmo com seus divergentes princípios, ambos parecem seguir uma tendência neurobiológica da sistematização taxonômica dos transtornos mentais, levando à adoção de abordagens dimensionais.