Resumo: Introdução: A educação médica no contexto da pandemia da Covid-19 enfrentou dificuldades e mudanças no processo de ensino-aprendizado. Objetivo: Este estudo teve como objetivo compreender os desafios do ensino remoto na formação médica durante a pandemia da Covid-19 em uma universidade federal do Sul do país. Método: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, em que os participantes foram 46 estudantes de dois cursos de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina, dos campi de Florianópolis e Araranguá, durante o ano de 2021. A técnica utilizada para a coleta de dados foi o grupo focal on-line, totalizando sete encontros. Investigaram-se os dados coletados por meio da análise de conteúdo temática. Resultado: Observou-se prejuízo nas relações entre estudantes de Medicina e comunidade, principalmente em razão da restrita inserção de conhecimentos sobre a pandemia nos currículos formais dos cursos, da diminuição do convívio com pacientes, da dissolução do elemento teórico-prático no ensino remoto pela ausência de atividades práticas e do engessamento do currículo formal. Durante a formação acadêmica, houve sofrimento psicológico dos estudantes decorrente do distanciamento social e da exaustiva carga horária teórica. Conclusão: A construção do conhecimento médico e a oferta de cuidados coerentes às necessidades da população foram afetadas pela Covid-19. Tornam-se indispensáveis o reconhecimento de tal descompasso e a necessidade da constituição de estratégias para solucionar as problemáticas relacionadas às dificuldades encontradas pelos estudantes, com base em seus aprendizados, na resposta aos anseios da população e na necessidade de adaptações na educação médica diante da pandemia da Covid-19 para o processo de formação médica.
Objetivo: Comparar as características sociodemográficas, os fatores de risco e as manifestações clínicas da COVID-19 em pessoas hospitalizadas no Brasil entre os anos de 2020 e 2021. Métodos: Estudo transversal cuja amostra foi de 1.150.041 pessoas hospitalizadas. A análise estatística foi realizada por meio do teste U de Mann-Whitney e Qui-quadrado de Pearson. Resultados: Em 2020, as hospitalizações estiveram associadas ao sexo masculino, cardiopatia, diabetes, doença renal, tosse e febre (p<0,001). Em 2021, cor da pele branca, obesidade e síndrome de down foram fatores associados à hospitalização, cujos sintomas envolveram dispneia, saturação de O2 <95% e desconforto respiratório, com maior proporção de óbitos (p<0,001). Internação em UTI não apresentou diferença estatisticamente significativa. Conclusões: A hospitalização por COVID-19 no Brasil apresentou elevada frequência. No primeiro ano atingiu pessoas com mais idade e que apresentavam comorbidades prévias, e em 2021 se caracterizou pela acentuada carga de sintomas e maior gravidade clínica.
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