O Tétano Acidental é um distúrbio do sistema nervoso caracterizado por espasmos musculares. Apesar de evitável através de vacinação segura e amplamente disponível, configura-se como grave problema de saúde pública, sendo causa importante de elevada morbimortalidade e letalidade. Pode manifestar-se como doença localizada, na qual inclui-se a variante cefálica, forma mais grave da doença. O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado em critérios clínicos e epidemiologia sugestiva. O tratamento é melhor realizado em Unidade de Terapia Intensiva, através de cuidados de suporte, base para evitar suas complicações. Relatada a experiência do manejo de um paciente com diagnóstico de variante Cefálica, rara, do Tétano Acidental Grave, atendido na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital público do Distrito Federal, tendo evoluído favoravelmente, a despeito do estabelecimento de suporte intensivo e de medidas terapêuticas precoces. O conhecimento acerca desta doença e de sua variante grave, é de extrema relevância, devido à associação a fatores de pior prognóstico e à sua importância clínica, pelas complicações descritas. Reiterando a necessidade de maior conhecimento por parte dos profissionais de saúde, visando-se minimização de atrasos diagnósticos e de evolução desfavorável.
A queimadura é um trauma decorrente de agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos, que leva à perda da barreira mecânica da pele, responsável pelo alto índice de infecção e óbitos após 48 horas do agravo e por alteração das respostas orgânicas, com elevação de marcadores inflamatórios e de infecção. A lesão tecidual gera uma resposta imunológica com vasodilatação local, recrutamento e ativação de macrófagos, linfócitos, mastócitos e neutrófilos, responsáveis por liberar citocinas inflamatórias, principalmente TNF-alfa, IL-1 e IL-6, que ativam a produção de Proteína C Reativa (PCR). A inflamação leva a hipoperfusão tecidual com formação de lactato. Lipopolissacarídeos secretados por bactérias e citocinas relacionadas a sepse estimulam células do sistema mononuclear do sangue periférico e do fígado a secretarem procalcitonina. Após o trauma por queimadura, os níveis plasmáticos de proteína C reativa, lactato e procalcitonina, marcadores de processos inflamatórios, aumentam, podendo ser usados na identificação precoce de sepse e suas complicações, visando o início rápido e adequado de tratamento e com isso, diminuição da morbimortalidade, tempo de internação e custos hospitalares. O objetivo do trabalho foi avaliar o comportamento da proteína C reativa, lactato e procalcitonina, em uma curva de avaliação diária para diagnóstico precoce de sepse em pacientes grandes queimados na Unidade de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte. O delineamento da pesquisa foi uma coorte prospectiva durante o período de março a junho de 2018, e consistiu na coleta de sangue com dosagem seriada de PCR e lactato, durante os primeiros 7 dias de internação e o 15˚; e de procalcitonina no 1˚, 4˚, 7˚ e 15˚ dias. Foram avaliados dois pacientes, que se queimaram no mesmo evento e foram atendidos e admitidos na Unidade de Queimados no dia do agravo, submetidos aos procedimentos: desbridamento, banhos/curativos e hemotransfusão. Na análise dos estudos, observou-se que a dosagem de PCR alterou-se com todos os procedimentos realizados corroborando com o diagnóstico precoce de sepse, no entanto as dosagens de lactato e procalcitonina não auxiliaram na identificação. A dosagem da PCR é importante marcador de inflamação. A pesquisa deve continuar para se ter uma melhor expressão estatística dos dados.Limitações do estudo: Foi evidenciado desvio do padrão no número de internações na Unidade de Queimados durante o período de março a junho de 2018 em comparação ao mesmo período do ano anterior, de 10 para 2 pacientes
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