A utilização das plantas para o tratamento de doenças e males espirituais em rituais religiosos de matriz africana é de extrema importância, principalmente no Candomblé. Nos terreiros essas plantas podem ter nomes variados, bem como seus efeitos medicinais e espirituais, sendo indicadas oralmente e mantidas através do conhecimento tradicional. Um levantamento bibliográfico foi realizado em quatro plataformas de dados, sendo encontradas 24 referências e cinco delas compuseram o estudo. A partir delas foram obtidas 73 espécies vegetais utilizadas em rituais de Candomblé. A maior parte destas espécies foi levantada no município de Ituiutaba, MG, e foi possível observar que as plantas utilizadas no terreiro com objetivo curativo, também estão presentes nos quintais e jardins de populações urbanas e rurais, indicadas para problemas digestivos, respiratórios e circulatórios. A intensa utilização dessas plantas relaciona-se ainda com a disseminação pelo conhecimento tradicional, reforçando a importância da sua tradição e valorização.
A dor é caracterizada como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano ou lesão tecidual, sendo detectada por meio dos receptores especializados denominados nociceptores. A antinocicepção é o processo em que há a inibição da transmissão da informação nociceptiva, sendo mediada por sistemas endógenos e alcançada por substâncias exógenas, como os fármacos. A necessidade de se buscar novos compostos farmacológicos que auxiliam no tratamento da dor compõe um amplo campo de estudo, sendo assim, o presente trabalho objetivou testar um modelo biológico utilizando o peixe D. rerio para avaliação do potencial antinociceptivo de substâncias extraídas de plantas. Utilizou-se 24 peixes que foram filmados por 5 min (linha de base), tratados com veículo (Controle, n=8), óleo essencial de C. citratus (200 mg/kg, n=8) ou dipirona (100 mg/kg, n=8), após 30 minutos os animais foram submetidos ao teste nociceptivo da formalina e novamente filmados por 5 min (pós-estímulo), para avaliação comportamental. Foi observada diminuição da atividade locomotora em resposta à formalina, sendo este efeito bloqueado pelo tratamento com dipirona. O óleo essencial (OE) não apresentou efeitos significativos sobre a nocicepção, sendo necessários estudos complementares para a determinação de seu potencial antinociceptivo.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.