RESUMO INTRODUÇÃOO cultivo de Rhamdia quelen (jundiá) está aumentando no sul do Brasil, mas ainda está muito abaixo de suas possibilidades, pois vários parâmetros biológicos sobre a espécie estão faltando ou dispersos na literatura. Portanto, o objetivo deste trabalho é revisar os dados existentes sobre a biologia de R. quelen e indicar futuros estudos que possam auxiliar no cultivo dessa espécie.
Resumo -Os objetivos deste trabalho foram testar a eficiência do sal como redutor de estresse e verificar a melhor densidade de transporte de juvenis de tambaqui (Colossoma macropomun) em caixas de plástico adaptadas. No primeiro experimento foram testadas diferentes concentrações de sal de cozinha (NaCl) na água; no segundo, o transporte foi realizado por três horas em caixas de plástico de 200 L estocadas com diferentes densidades de peixe, com 8 g de sal/L de água. O cortisol plasmático dos peixes sofreu aumento significativo após o transporte no tratamento sem sal e com 2 g de sal/L de água, retornando para níveis normais após 96 horas. A glicose plasmática dos peixes sofreu aumento após o transporte em todas as concentrações de sal testadas, com exceção da com 8 g/L de água, retornando para níveis normais em 24 horas. Nos peixes transportados no segundo experimento, com 8 g de sal/L de água, não foi verificada mudança significativa no cortisol plasmático, mas a glicose aumentou significativamente em todas as densidades após o transporte, retornando para níveis normais em 24 horas. Houve mortalidade de 11% em uma das repetições da densidade de 200 kg/m 3 de água. Para o transporte com 8 g de sal/L de água, a densidade máxima deve ser de 150 kg/m 3 de água. Nesta densidade os parâmetros físico-químicos de qualidade de água se mantêm com características adequadas, as respostas ao estresse são mínimas e não há mortalidade.Termos para indexação: Colossoma macropomum, glicose, cloreto de sódio, cortisol, piscicultura. Assessment on the effect of salt and density on tambaqui fish transportationAbstract -The objectives of this study were to evaluate the efficiency of salt as a stress reductor and to determine the best transportation density for tambaqui (Colossoma macropomum) juveniles in customized plastic boxes. In the first experiment different concentrations of cooking salt (NaCl) in the water were tested, and in the second experiment the fishes were transported for three hours in 200 L plastic boxes using different fish densities and 8 g of salt/L of water. Plasma cortisol presented a significant increase after transportation in water without salt or with 2 g of salt/L, returning to normal levels after 96 hours. The fishes exposed to all salt concentrations had plasma glucose increased after transportation, except the treatment with 8 g of salt/L of water, returning to normal levels within 24 hours. In the second experiment, the fishes transported at different densities with 8 g of salt/L of water did not present a significant change in plasma cortisol after transportation, but plasma glucose increased after transportation at all fish densities, returning to normal levels in 24 hours. Fish transported at a density of 200 kg/m 3 of water had 11% mortality in one of the replicates. For tambaqui transportation with 8 g of salt/L of water, maximum density should be 150 kg/m 3 of water. At this density water parameter levels are adequate, stress responses are minimum and there is no fish mortality.
O objetivo deste trabalho foi determinar a densidade de estocagem mais adequada para a fase de recria de juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum) em tanque-rede. Foram utilizados 12 tanques-rede de 1 m³ cada, com peixes distribuídos nas densidades de 200, 300, 400 e 500 peixes/m³ em três repetições. Os peixes foram alimentados seis vezes por semana em três refeições diárias com ração comercial com 36% de proteína bruta, durante 60 dias. Foram analisados o crescimento em peso e em comprimento, o coeficiente de variação do comprimento, a taxa de crescimento específico e a glicose sanguínea aos 30 e 60 dias de criação. Ao final do experimento, foram analisados os seguintes parâmetros de produtividade: sobrevivência, conversão alimentar aparente, ganho de peso e produção por área. Os parâmetros físico-químicos da água foram avaliados a cada sete dias. O crescimento em peso e em comprimento, aos 60 dias, foi maior na densidade de 200 peixes/m³ do que na de 500 peixes/m³. O coeficiente de variação, a taxa de crescimento específico e a glicose não diferiram entre as densidades aos 30 e 60 dias. A sobrevivência final, a conversão alimentar aparente e o ganho de peso foram iguais em todas as densidades. A produção por área foi significativamente maior nas duas maiores densidades. Os resultados indicaram que a densidade de 400 peixes/m³ é a mais adequada para recria de juvenis de tambaqui em tanque-rede.
O pirarucu é um peixe nativo da bacia Amazônica com respiração aérea obrigatória. Em condições de criação, atinge até 10 kg em um ano, sendo um dos peixes com maior potencial para criação na Amazônia. O objetivo deste estudo foi avaliar as respostas de estresse em pirarucu quando submetido a práticas comuns em sistema de criação. Para isso, foram realizados três diferentes experimentos: 1) transporte; 2) adensamento; e 3) exposição à amônia. Foram analisados parâmetros do metabolismo energético (glicose e lactato), hormonal (cortisol), e de hematologia (hematócrito). Em todos os protocolos testados foram observadas alterações nos parâmetros fisiológicos do pirarucu. As respostas de estresse durante o transporte foram similares às do adensamento, porém, a magnitude das repostas ao adensamento foi maior. A exposição à amônia não causou alteração imediata nos parâmetros fisiológicos, havendo latência nas respostas de estresse. Com os resultados obtidos, pode-se concluir que as alterações nos parâmetros metabólicos ocorrem no momento de maior intensidade de manejo, e provavelmente podem ser reduzidas com adoção de boas práticas na criação.
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