RESUMO Objetivo Compreender os sentidos atribuídos pelos gestores dos Serviços da Região Metropolitana de Goiânia sobre a oferta de Práticas Integrativas e Complementares (PIC) na Atenção Primária à Saúde (APS). Método Estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, realizado entre agosto e dezembro de 2017, com 21 gestores, mediante utilização de entrevistas semiestruturadas que foram gravadas, transcritas e analisadas com a técnica de análise de conteúdo temática. Resultados Os entrevistados demonstraram compreender o contexto em que as PIC estão inseridas, embora tenham apresentado dificuldades e insegurança na sua conceituação. Dos resultados emergiram três categorias, quais sejam: PIC para gestores; aspectos positivos e negativos da oferta das PIC para a equipe de saúde; aspectos positivos e negativos da disponibilização das PIC para os usuários dos serviços. Conclusão e implicações para a prática Conclui-se que há forte influência do modelo biomédico em detrimento da integralidade na organização dos serviços de APS, o que implica com a baixa e descontínua oferta das PIC na Região Metropolitana de Goiânia. Esta conclusão convida para a ampliação dos espaços de reflexão sobre a pluralidade de racionalidades de cuidado no Sistema Único de Saúde.
Resumo O objetivo deste artigo é compreender os sentidos atribuídos por trabalhadores da Atenção Primária à Saúde ao processo de formação profissional nas Práticas Integrativas e Complementares. Estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, com 20 profissionais, de 14 unidades de saúde de três municípios na Região Metropolitana de Goiânia. Os dados foram coletados com entrevistas semiestruturadas, transcritas e analisadas por meio da Análise de Conteúdo Temática. Da análise, emergiu a categoria temática sobre as trajetórias de formação nas Práticas Integrativas e Complementares. Nela discute-se que a formação se dá por capacitações proporcionadas pela gestão federal, municipal ou conselhos de categoria profissional, via educação à distância, semipresencial ou presencial. Além disso, são realizadas formações em instituições privadas de ensino custeadas pelos próprios profissionais. Também, fontes informais de informações são usadas para obtenção de conhecimento (internet, livros e revistas). Os resultados revelam, por um lado, a formação insuficiente e difusa, com limitação na oferta e na qualidade, por outro, a necessidade de ampliação de estratégias educacionais que melhorem a formação dos profissionais de saúde para a oferta das diferentes Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária à Saúde.
Resumo. Introdução: Nenhum estudo qualitativo foi conduzido junto aos gestores de serviços de Atenção Primária à Saúde visando entender se a presença ou a ausência de Práticas Integrativas e Complementares nas unidades básicas de saúde contribuem para o conhecimento sobre elas; Objetivo: compreender as percepções dos gestores de saúde sobre as PIC, com ou sem a sua oferta, na Atenção Primária à Saúde; Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e de natureza qualitativa, com 45 coordenadores de Unidades Básicas de Saúde, mediante utilização de entrevistas semiestruturadas que foram gravadas, transcritas e analisadas com a técnicas de análise de conteúdo temática; Resultados: Emergiram duas categorias temáticas: o desconhecimento dos gestores sobre as Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária à Saúde; e concepções de cuidado por parte dos gestores dos serviços de Atenção Primária à Saúde. Em conjunto, os resultados evidenciam mesmo com a oferta, existe uma falta de conhecimento tanto dos gestores dessas Unidades de Saúde quanto daqueles que gerem serviços com ausência de Práticas Integrativas e Complementares. Do mesmo modo, as concepções de cuidado também são semelhantes. Esperava-se encontrar definições predominantemente holísticas entres os gestores ofertantes de terapias complementares. Porém, nota-se ainda um forte predomínio do cuidado cartesiano; Conclusões: O contexto biomédico, fragmentado e hopistalocêntrico guiam a assistência na Atenção Primária à Saúde. Portanto, a oferta das Práticas Integrativas e Complementares sozinha não consegue fazer uma "revolução espistemológica e assistencial". É necessário medidas de educação permanente e abrir espaços de reflexão de pluralidade terapêutica para ampliação da oferta das Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária à Saúde.
Introduction: “(R)existing” in the face of biomedical hegemony makes the offer of Integrative and Complementary Practices in Primary Health Care even more challenging, even with the existence of a national policy that establishes its implementation. The current political and institutional scenario disfavors what moves away from the “conventional”. The primacy of maintaining the status quo results in resistance to the “different”. This influences care practices, so that Integrative and Complementary Practices can suffer obstacles and reveal tensions regarding their realization. Objective: To understand, from the perspective of professionals, the factors that contribute to the production of social humiliation and public invisibility of Integrative and Complementary Practices in Primary Health Care. Methods: This is a descriptive, exploratory study with a qualitative approach. Semi-structured interviews were carried out with 20 professionals from 14 Primary Health Care services in three cities in the Metropolitan Region of Goiânia, between January and August 2018. The interviews recorded, transcribed, and treated with thematic content analysis. Results: From the analysis, two categories emerged: the social humiliation of professionals in Integrative and Complementary Practices in Primary Health Care and the production of public invisibility of Integrative and Complementary Practices in Primary Health Care. Professionals suffer different forms of social humiliation with the lack of support for their work and the Integrative and Complementary Practices suffer from public invisibility due to insufficient discussion about their offer in team meetings and inconsistency in the registration in the users' charts. Conclusion: Integrative and Complementary Practices have faced a partial and precarious inclusion in Primary Health Care.
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