RESUMO Objetivo: identificar e comparar, em atores profissionais e estudantes de teatro, os aspectos relacionados à prática profissional, ao uso profissional da voz, hábitos e cuidados vocais, hábitos de saúde e condições ambientais no trabalho. Métodos: participaram 60 sujeitos de ambos os sexos, subdivididos em 2 grupos: Grupo Profissional - atores profissionais de teatro e Grupo Alunos - alunos de teatro sem experiência profissional teatral. Ambos os grupos responderam a um questionário que abordou aspectos relacionados à prática profissional, à voz, hábitos vocais, de saúde, condições ambientais e cuidados vocais. Resultados: os indivíduos do Grupo Profissional apresentaram maior ocorrência de rouquidão; maior ocorrência dos hábitos de usar a voz profissional quando está gripado, em posturas corporais e com respiração inadequadas, gritar, e permanecer em local com mofo ou pouca ventilação, fechado e empoeirado, e realizar ensaio em local diferente do local do espetáculo. O hábito de saúde de ingerir bebidas geladas foi maior no Grupo Alunos. O número de sujeitos que não possuem dificuldade em cena e que realizam aquecimento vocal é significantemente maior no Grupo Profissional. O tipo de aquecimento realizado significantemente mais pelo Grupo Profissional foi som de "s", respiração costo-diafragmática, som basal e vogais. Conclusão: constatou-se que ambos os grupos realizam hábitos prejudiciais e estão expostos a ambiente de trabalho inadequado para saúde vocal. Estes dados apontam a necessidade de ações de saúde vocal, a fim de minimizar o risco de alterações vocais nos profissionais e preparar os estudantes para o aumento da demanda vocal.
OBJETIVO: Caracterizar a dinâmica vocal por meio da fonetografia em coristas de diferentes classificações vocais. MÉTODOS: Participaram 44 indivíduos, de 19 a 75 anos (média=51,9 anos) membros de um coral profissional; sendo, oito sopranos, 20 mezzo-sopranos, quatro tenores, sete barítonos e cinco baixos. Realizou-se a fonetografia, em sala acusticamente tratada. RESULTADOS: Foram obtidas as médias das freqüências mínimas e máximas, respectivamente: soprano 36st (130 Hz) e 72st (1084 Hz), mezzo-soprano 35st (124 Hz) e 68st (878 Hz); tenor 28st (85 Hz) e 65st (709 Hz), barítono 26st (74 Hz) e 59 (524 Hz) e baixo 26st (75 Hz) e 59st (513 Hz). Quanto às médias das intensidades mínimas e máximas, encontrou-se, respectivamente: soprano 64 dB e 131 dB, mezzo-soprano 75 dB e 123 dB, tenor 82 dB e 126 dB, barítono 75 dB e 121 dB e baixo 75 dB e 120 dB. Na análise estatística (Teste t de Student), observou-se diferença estatisticamente significante entre as vozes femininas: soprano apresentou maior freqüência máxima que mezzo-soprano. CONCLUSÃO: Tais achados indicam que a fonetografia permite o registro das características vocais relevantes para a classificação vocal de coristas, podendo auxiliar em uma classificação vocal adequada.
INTRODUÇÃO: Há considerável evidência da importância de uma postura adequada para um bom desempenho vocal. As alterações posturais podem influenciar diretamente a projeção da voz. OBJETIVO: Identificar a influência das diferentes posturas corporais na produção da voz. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram realizadas as análises de 25 amostras vocais de um indivíduo que emitiu a vogal sustentada /a/ em três diferentes posturas corporais: a) ortostática natural; b) anteriorização da cabeça associada com extensão da coluna cervical; c) aumento da cifose torácica associada com anteriorização de cabeça. O indivíduo foi fotografado simultaneamente ao processo de gravação da voz. Para certificar-se de que o indivíduo estava sempre na mesma posição, as posturas foram acompanhadas por fotogrametria computadorizada pelo programa Corel Draw 10®. RESULTADOS: Os resultados da fotogrametria foram analisados pelo teste de Levene que não mostrou diferenças significativas em oito dos nove ângulos estudados. A voz foi avaliada por análise acústica e avaliação subjetiva perceptivo-auditiva. A acústica foi analisada pelos testes Anova e Tukey, que mostraram diferença na variável jitter - relacionada à qualidade vocal - entre as posturas A e B. A comparação das posturas A e B e A e C pela análise perceptivo-auditiva da voz mostrou mudanças no tom, piora na qualidade e na ressonância vocal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As mudanças encontradas na voz provam que a melhor produção do som é na postura ereta. O fisioterapeuta é o profissional indicado para a orientação postural e correção das más posturas.
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