ResumoObjetivos: este artigo tem por objetivo descrever os principais eixos temáticos explorados no campo da comunicação nas práticas em saúde nos cenários do Sistema Único de Saúde (SUS). Método: revisão integrativa da literatura realizada a partir da busca de artigos nas bases de dados Literatura Latino--Americana em Ciências da Saúde (Lilacs), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MedLine) e Science Direct, utilizando os descritores: comunicação em saúde ou comunicação. Procedeu-se ao cruzamento dos descritores comunicação e educação em saúde. Resultados: foram construídas quatro temáticas: 1) a comunicação no estabelecimento de relações entre profissionais da saúde e usuários; 2) (des)comunicação: barreiras ao ato comunicativo; 3) comunicação e formação do profissional da saúde; e 4) modelos comunicativos em saúde: a busca pelo modelo dialógico. Conclusão: a partir do entendimento da comunicação dialógica, que deve estar presente na comunicação, as novas demandas da legalização do SUS vêm mostrando fragilidades do modelo unilinear e verticalizado de comunicação e a necessidade de instrumentalizar os profissionais da saúde, desde a graduação, com saberes que proporcionem práticas comunicativas dialógicas. Persiste o desafio de vivências reflexivas e participativas nos vários cenários de assistência à saúde, de forma a promover um compartilhamento de saberes que conduza ao entendimento entre os interlocutores envolvidos no ato comunicativo. Palavras-chave: Comunicação; Comunicação em Saúde; Educação em Saúde.
Os Mapas Conceituais constituem importante instrumento para acompanhar a aprendizagem, demandando compreender os processos de construção. Este trabalho se propõe a apresentar e discutir critérios de análise de mapas conceituais elaborados por pós-graduandos do Mestrado "Ensino em Ciências da Saúde". Os critérios de análise foram: quantidade e qualidade de conceitos, níveis de hierarquia, número de inter-relações, palavras de enlace e proposições com significado lógico, estrutura do mapa, representatividade dos conteúdos e criatividade. Identificaram-se estruturas hierárquicas de significativa riqueza conceitual e representatividade dos temas trabalhados. Acredita-se que o processo de construção levou aos alunos a estabelecerem relações entre os novos conteúdos e seus conhecimentos prévios, criando maiores possibilidades de integração. A análise empreendida mostrou-se valiosa como uma ferramenta de trabalho para o professor da área da saúde, para desenvolver práticas avaliativas comprometidas em apreender os processos de aprendizagem dos alunos.
Introdução: As mudanças das necessidades de saúde e a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil trouxeram à tona a necessidade de discutir e ampliar os debates sobre a atuação dos profissionais para um trabalho em equipe interprofissional. A Educação Interprofissional (EIP) apresenta‑se atualmente como estratégia para formar profissionais para o trabalho em equipe, essencial para a integralidade no cuidado. Objetivo: O objetivo da pesquisa foi analisar a percepção dos profissionais que cursam a Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) sobre a formação para o trabalho em equipe. Métodos: Pesquisa de abordagem qualitativa de caráter exploratório descritivo. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi uma questão aberta, componente de uma escala atitudinal que investigou a temática do trabalho em equipe. Participaram da pesquisa 76 residentes de segundo ano de duas instituições (uma pública federal e uma estadual) do Estado de São Paulo. Resultados: Os resultados passaram pela análise de conteúdo, tipo temático. A análise temática das respostas obtidas sobre a formação para o trabalho em equipe foi agrupada nas seguintes categorias: atendimento conjunto e tomada de decisão compartilhada no tratamento; trabalho em equipe para a integralidade do cuidado com centralidade no paciente; reconhecimento dos limites e especificidades de cada profissão, bem como a sua integração. Conclusão: Este trabalho demonstrou o potencial da RMS em formar profissionais de saúde para o trabalho em equipe e, consequentemente, para a transformação das práticas, com vistas a integralidade no cuidado.
Introdução: A expansão da Estratégia Saúde da Família (ESF) coloca em destaque o Agente Comunitário de Saúde (ACS) na condição de importante ator social na viabilização do Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Caracterizar o perfil socioeconômico e demográfico, processo de formação e o papel educativo junto à comunidade do ACS no município de Altamira (PA). Métodos: O estudo, de caráter descritivo-exploratório, utilizou para a coleta de dados questionário semiestruturado aplicado a 63 ACS. Os dados foram tabulados no Programa Excel e expressos em frequências absoluta e relativa. A análise temática foi utilizada para as questões relacionadas à formação do ACS. Resultados: O perfil socioeconômico dos agentes evidencia aspectos similares aos da comunidade atendida. A maioria dos participantes considera que recebeu formação para atender as atribuições legais. As demandas de formação dos ACS referem-se a conhecimentos específicos sobre álcool e drogas e vigilância em saúde, procedimentos técnicos de saúde, comunicação, relacionamento interpessoal, ética e identidade profissional. As ações educativas desenvolvidas pelos ACS na comunidade compreendem palestras e visitas domiciliares. Conclusão: Observa-se a importância da normatização do processo de formação do ACS de forma a oferecer subsídios para o desenvolvimento de ações educativas dialógicas e contribuir com a construção da identidade desse profissional que ocupa espaço estratégico nas políticas brasileiras de atenção básica.Palavras-chave: educação; saúde; agentes comunitários de saúde; conhecimentos, atitudes e prática em saúde. ABSTRACT Introduction:The development of the Family Health Strategy puts emphasis on the Community Health Agents (CHA) as an important social actor in the viability of the Unified Health System. Objective: To characterize the socioeconomic and demographic profile, the training process and educational role at the CHA in city of Altamira (PA), Brazil. Methods: This descriptive and exploratory study used to collect data a semi-structured questionnaire applied to 63 CHA. Data were tabulated in Excel program and expressed as absolute and relative frequencies. Thematic analysis was used for questions related to the formation of the CHA. Results: The socioeconomic profile of agents showed similar aspects to those of the community assisted. Most of the participants consider that received the training to attend the legal attributions. The demands of training of CHA refers to specific knowledge about alcohol and drugs and health surveillance, technical procedures in health, communication, interpersonal relationship, ethics and professional identity. Educational activities conducted by CHA in the community involved lectures and home visits. Conclusion: It was observed the importance of normalization of the training process of the CHA to offer subsidies for the development of dialogical educational activities and contribute in the construction of the identity of this professional occupying a strategic place in Brazilian primary care policies.
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