Este trabalho pretende contribuir com a epistemologia da comunicação na era da pós-verdade, a partir de um tensionamento semiótico e discursivo a respeito das noções de verdade e efeito de verdade. Para isso, o presente texto discute dilemas relativos aos signos, aos textos, aos discursos e à formação de sentido, que nos parecem não apenas relevantes para compreender aspectos gerais da relação mídia-sociedade, como também aspectos específicos da relação signo-objeto e da relação signo-interpretante, que constituem as bases da problematização sobre construção de realidade, opinião, crença e percepção sobre verdade. Entendemos que o campo de estudos em comunicação, dado seu lugar de destaque no debate sobre as imbricações entre fake news, mídia digital, opinião pública e política, tem um papel fundamental na sociedade contemporânea, que tanto precisa compreender fenômenos semiótico-discursivos.
A campanha publicitária “O mundo se encontra no Brasil. Venha celebrar a vida”, publicizada durante a Copa do Mundo de Futebol 2014 e os Jogos Olímpicos 2016 (sediados no Brasil) para divulgar no exterior os principais destinos turísticos do país, define como “sensacional” a experiência do turista no Brasil. O objetivo do artigo é, a partir do modelo semionarrativo de A. Semprini, analisar tal campanha, sobretudo os anúncios que representam os espaços urbanos, a fim de identificar os valores sugeridos por seu discurso, observando como tais manifestações da marca Brasil apresentam as cidades brasileiras para o público estrangeiro. A campanha, discursivamente, reinventa as cidades e sugere que o mundo se encontra no Brasil por sua diversidade cultural; assim, constrói sentidos de integração e multiculturalidade e reforça a ideia do Brasil como um país sensacional. Palavras-chave: Análise Semionarrativa; Cidades; Discurso; Marca País; Publicidade.
O envolvimento do alto escalão da Petrobras com crimes diversos tornou-se conhecido com a Operação Lava Jato. A empresa conhecida pelo slogan “o desafio é a nossa energia” passou a ter um novo desafio no âmbito comunicacional: o que dizer, o que não dizer e como dizer a crise provocada pelas denúncias de corrupção para os seus públicos? A pesquisa tem por objeto os discursos da Petrobras sobre a crise e visa entender os não-ditos, os enunciados e os modos de enunciar da companhia em tal contexto. O artigo realiza a análise dos discursos da Revista Petrobras, de 2014 a 2016, e observa que a organização constrói um discurso nacionalista e elogioso de si, a partir de uma projeção metonímica do seu corpo funcional, confundindo-o muitas vezes com a própria empresa, mas exigindo dele engajamento
Resumo: Na relação entre texto e imagem, há uma questão sempre freqüente: um sistema está submetido a outro ou existem dois regimes enunciativos distintos exprimindo proposições semelhantes? Na tentativa de provar a segunda hipótese, faremos uma análise de algumas fotos de Canudos, tiradas em 1897 por Flávio de Barros. Com base em estudos de Roland Barthes e de Umberto Eco, sobre a análise estrutural da narrativa e sobre os códigos visuais, respectivamente, mostraremos a potencialidade narrativa de determinadas fotografias, que funcionam como núcleos ou como índices, quando mobilizados os códigos perceptivos dos receptores. .
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