Este trabalho teve como objetivo avaliar a acurácia posicional planimétrica de uma ortofoto obtida por Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), sendo processada de forma automática, em sua área total com 20 e 80 pontos, e em sub-regiões, verificando a influência do tamanho amostral. Nessa avaliação foi utilizado a Norma de Execução do INCRA n°2 de 2018, complementada com análises de estatística espacial. Verificou-se que em todas as áreas avaliadas o produto não é acurado posicionalmente, devido a não atender todos os requisitos da norma do INCRA, além de ter apresentado tendência em duas áreas. Foi realizada a avaliação considerando a área total com os mesmos pontos de todas as sub-regiões (80 pontos), e não se obteve os mesmos resultados na avaliação da área total com 20 pontos, visto que esta última apresentou tendência e a primeira não. Além disso, analisando os valores encontrados, percebeu-se que considerando a mesma quantidade de pontos de checagem, a avaliação da área total com 20 pontos também não apresentou os mesmos resultados considerando essa análise em sub-regiões. Dessa forma, a avaliação da área total com 20 e 80 pontos indicou que o tamanho amostral influenciou no resultado.
Tendo em vista a importância da agricultura irrigada para o país, principalmente para a produção de alimentos, conseguir delimitar e estimar as áreas plantadas passa a ser de suma importância para a gestão dos recursos hídricos. Porém, com a crescente popularização das ferramentas de aquisição e edição de informações espaciais, a avaliação da qualidade dos produtos cartográficos gerados é de fundamental importância para que se possa ter confiabilidade sobre as informações obtidas. Sendo assim, este trabalho se propõe a avaliar a qualidade posicional e a completude das feições que representam as áreas de cultivo com irrigação por pivô central, obtidas por um processo de extração semiautomática de feições baseado na Transformada de Hough, a partir de 9 imagens do sistema Landsat 8 adquiridas em dias diferentes. Para a avaliação da acurácia posicional das áreas identificadas, foram utilizados dois métodos: o método tradicional por pontos homólogos e o método de feição linear Buffer Duplo. Já para a avaliação da completude, foram utilizadas as métricas de comissão e omissão da ET-CQDG da INDE. Os resultados mostraram que, ao se realizar a soma das bandas 4 e 5 para os 9 dias, a omissão caiu de 34% para 2,61%. Já para a avaliação da acurácia posicional, utilizando o Decreto nº 89.817 e a ET-CQDG, o produto cartográfico apresentou classificação B para a escala 1:100.000 pelo método de comparação de pontos homólogos, enquanto o método do Buffer Duplo apontou uma classificação mais restritiva, enquadrando o produto na classe C para a mesma escala.
Este estudo buscou avaliar a qualidade posicional da base cartográfica do projeto Viçosa Digital, através do padrão de acurácia posicional do Decreto n° 89.817/ET-CQDG. O projeto Viçosa Digital foi viabilizado objetivando construir e compartilhar bases de dados geoespaciais, mediante levantamento topográfico, disponibilizados publicamente. Especificamente, foi avaliada a acurácia posicional das feições referentes às Quadras e aos Eixos de Logradouro, utilizando métodos de controle de qualidade baseados em feições pontuais e lineares, respectivamente. Após a definição do tamanho amostral com base nas determinações da ET-CQDG, os dados em campo foram coletados via técnica GNSS em modo RTK e relativo cinemático. Em seguida, foram calculadas as discrepâncias entre as feições homólogas presentes nos produtos de referência e de teste, obtidas em campo (GNSS) e no produto avaliado, respectivamente. Para as feições lineares, utilizou-se o método Buffer Duplo para calcular estas discrepâncias. Já para as feições pontuais, estas foram obtidas pela comparação das coordenadas dos pontos de teste e de referência. Com dados de discrepâncias posicionais, realizou-se a análise de tendência nos dados e classificaram-se os produtos em relação às normas do Decreto n° 89.817/ET-CQDG. Os dados de Quadras foram classificados como Classe C, na escala 1:2.000, enquanto os dados de Eixos de Logradouros foram classificados como Classe D, na escala 1:5.000. Para análise de tendência em feições pontuais, os dados de Quadras obtiveram resultado não-tendencioso.
Diversos países têm buscado atualizar e/ou editar suas normas e padrões referentes à qualidade dos dados espaciais, incluindo o Brasil através da ET-CQDG (Especificação Técnica para Controle de Qualidade de Dados Geoespaciais) elaborada em 2016 pela INDE (Infraestrutura de Dados Espaciais), visto que uma grande quantidade de dados é gerada a todo instante. Esta especificação utiliza como base o Decreto n° 89.817 de 1.984, a qual estabelece tolerâncias para avaliar e classificar produtos cartográficos em relação à sua qualidade posicional, utilizando feições pontuais. No entanto, o uso de feições lineares tem aumentado, especialmente por estarem presentes em maior quantidade em uma base cartográfica, além de possuírem uma boa distribuição espacial. Assim sendo, este trabalho propôs o uso das métricas Distância de Manhattan e Distância de Chebyshev para a avaliação da acurácia posicional de dados com feições lineares, através da adaptação do método Influência do Vértice e Distância de Hausdorff,. Sendo assim, foram utilizados um conjunto de dados simulados com valores de discrepância média conhecidas para análise da eficiência dos métodos,. Além destes dados utilizou-se o conjunto de dados denominado “MatchingLand” desenvolvido por Xavier et al. (2017) que simulam dados reais, bem como dados reais na região da Universidade Federal de Viçosa em Viçosa – MG. Em relação aos dois últimos conjuntos citados, para fins de comparação dos resultados, utilizou-se o método Buffer Duplo. Com base nos resultados obtidos, verificou-se que em geral os métodos propostos que utilizam a distância de Manhattan possuem uma maior magnitude na determinação da discrepância posicional, enquanto os métodos que utilizam a distância de Chebyshev possuem uma menor magnitude. Pôde-se perceber que, aplicando as análises estatísticas para comparação das amostras de discrepâncias dos diferentes métodos aplicados, os métodos são similares estatisticamente independente da métrica utilizada, exceto o método Buffer Duplo. Sendo assim, não é viável o uso das Distâncias de Manhattan e Chebyshev, já que produz o mesmo efeito prático do uso da distância Euclidiana e esta é bastante difundida e tradicional na Cartografia. Palavras-chave: Controle de Qualidade Cartográfica. Distância de Manhattan. Distância de Chebyshev. Feições lineares. Acurácia Posicional. Decreto nº 89.817. ET-CQDG.
No decorrer dos últimos anos têm ocorrido um significativo aumento de aplicações com Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAs) na área da Cartografia, o que torna necessário o conhecimento da qualidade obtida em tais aplicações. Diante disso, instituições de diversos países têm desenvolvido normas com a finalidade de avaliar a qualidade dos produtos geoespaciais. Além disso, desenvolveram também outras normas com a finalidade de englobar padrões de acurácia de posicionamento para ortoimagens digitais. Neste sentido, o objetivo deste artigo foi comparar três normas que abordam o controle de qualidade posicional aplicáveis à RPA: (i) ET-CQDG (Decreto n° 89.817); (ii) a norma de Execução do INCRA n° 2 de 2018 e; (iii) a norma da ASP RS. No experimento prático, realizou-se o processo de avaliação da acurácia posicional de uma ortofoto obtida por RPA na região de Janaúba-MG. A ortofoto foi classificada na classe A para a escala de 1:1000 para a norma ET-CQDG. Já para a ASPRS ao nível de confiança de 95% o produto apresentou uma acurácia posicional de 0,428 metros e, de acordo com a norma do INCRA, os pontos obtidos por RPA podem ser utilizados para o georreferenciamento considerando todos tipos de limites. Através dos resultados obtidos, foi possível inferir que as normas necessitam de uma melhoria em suas metodologias, para que todo esse processo seja feito de forma clara e objetiva para o produtor e o usuário.
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