Os objetivos da cirurgia reconstrutiva para o paciente queimado são, primeiro, restaurar a função e, em seguida, restaurar a aparência estética, após a ressuscitação e estabilização, o tratamento das queimaduras torna-se a próxima prioridade. Os efeitos posteriores das queimaduras, que estão relacionados à perda de tecido normal e cicatrizes, incluem limitação de movimento, dor, desfiguração e constrangimento social. O tipo de procedimento de reconstrução selecionado depende da localização da queimadura, da extensão da lesão e da disponibilidade de pele e tecido do doador. A cicatrização cutânea após a queimadura dá origem à morbidade física e psicossocial característica pós-queimadura, a modulação da cicatriz da queimadura usando técnicas físicas e cirúrgicas, incluindo terapia de pressão, massagem, exercício, esteróides intralesionais, terapia a laser e transferência de gordura autóloga têm sido usadas para modular a cicatriz de queimadura hipertrófica. A terapia com laser e luz intensa pulsada tornou-se uma ferramenta valiosa na modulação da cicatriz, diminuindo o eritema cicatricial, reduzindo a espessura, aumentando a flexibilidade, reduzindo a dor e o prurido e melhorando a cor e a textura da cicatriz. A transferência de gordura autóloga também melhora a flexibilidade da cicatriz da queimadura e a aparência objetiva, também pode ser útil para gerenciar defeitos e irregularidades de contorno.
O transplante intestinal estabeleceu-se como modalidade terapêutica para pacientes com insuficiência intestinal irreversível, é realizado principalmente em pacientes com síndrome do intestino curto que desenvolveram complicações graves da nutrição parenteral. Os potenciais candidatos devem ser encaminhados para uma equipe multidisciplinar especializada em reabilitação intestinal e, se necessário, transplante, a qualidade de vida após transplante intestinal parece ser melhor ou igual à qualidade de vida em nutrição parenteral de longo prazo. O transplante intestinal evoluiu para uma modalidade terapêutica estabelecida no manejo de pacientes com insuficiência intestinal irreversível, é realizado para pacientes com síndrome do intestino curto ou para pacientes com insuficiência intestinal funcional, com transplante multivisceral reservado para aqueles pacientes com doença hepática terminal associada ou trombose difusa da veia portomesentérica.
Introdução: Trauma é uma das causas líderes de morte e incapacidade. Cerca de 30% das mortes ocorrem poucas horas após o trauma. Lesões de intestino delgado são pouco frequentes, sendo o mecanismo de trauma e o alto grau de suspeita clínica os melhores guias para o diagnóstico precoce. Objetivos: Conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce no trauma abdominal fechado a fim de se obter um bom prognóstico. Material e métodos: Atendida em Hospital de Pronto Atendimento uma paciente feminina, 55 anos, trazida pelo Samu, vítima de acidente automobilístico com colisão frontal, em uso de cinto de segurança. Glasgow 15 e estabilidade hemodinâmica. Abdômen doloroso à palpação difusamente, com sinais de irritação peritoneal. TC evidenciando pneumoperitônio e líquido livre na cavidade abdominal. Em laparotomia exploradora, encontradas lacerações em meso e delgado em três locais, com perfuração completa em uma delas. Realizada enterectomia com duplo grampeamento e lavagem da cavidade com soro fisiológico aquecido. Assistida em Centro de Terapia Intensivo (CTI) e enfermaria, apresentou boa evolução, com alta hospitalar após sete dias. Resultados: Embora perfurações de delgado sejam raras em Trauma Abdominal Fechado (TAF), a suspeita diagnóstica deve ser prévia em casos de colisão. A desaceleração pode acarretar em estiramento nos pontos de fixação de vísceras, ângulo de Treitz e região ileocecal, além de abrupta compressão localizada por uso de cinto de segurança. Sinais de irritação peritoneal contribuíram para a suspeita diagnóstica, com possível investigação através de TC. Pneumoperitônio e líquido livre em cavidade foram determinantes para elucidação diagnóstica. A agilidade entre a avaliação clínica inicial e a abordagem cirúrgica possibilitou uma melhor condição metabólica para a recuperação completa da paciente. Conclusão: Na abordagem de pacientes de traumas de alta energia cinética, é preciso investigar a possibilidade de lesões abdominais graves, ainda que pouco frequentes. A suspeita diagnóstica deve ser precoce e complementada por exame de imagem quando possível e indicado. A abordagem cirúrgica imediata é relevante para a reabilitação do paciente.
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