O presente ensaio narra o percurso de evolução da moderna poesia paraense, especialmente dos membros da Academia dos Novos, no Suplemento literário “Arte-Literatura”, do jornal Folha do Norte, dirigido por Haroldo Maranhã entre os anos de 1946 e 1951, em Belém. Relata o início da Academia dos Novos, a ruptura com a escola de poesia parnasiana e o consequente mergulho na estética modernista. Revê as primeiras publicações dos jovens escritores paraenses no Suplemento, de modo a apresentar ao público a trajetória de inserção das letras paraenses na modernidade nacional, com ênfase no retrato da história de amizade que uniu Max Martins e Benedito Nunes. PALAVRAS-CHAVE: Academia dos Novos. Max Martins. Benedito Nunes. Folha do Norte
Ora pois, Sibila... Em novembro de 2008, Benedito Nunes sentou-se à frente de um grupo de alunos do mestrado em Letras-Estudos literários, da Universidade Federal do Pará, no Auditório Francisco Paulo Mendes (Instituto de Letras e Comunicação), para comentar um poema de Mário Faustino. No dia da morte de Mário Faustino (quarenta e seis anos depois), os três amigos inseparáveis na Belém do final dos anos 1940 (Mário, Benedito e Mendes) reuniramse simbolicamente. Era o I Simpósio Olhares sobre o Poético, organizado pela turma da disciplina "Estudos do Poema", que homenageava o poeta piauiense-paraense Mário Faustino. Como professora da turma, convidei-o e pedi-lhe que fizesse a leitura crítica de "Nam Sybillam...", que eu sabia ser um dos seus poemas preferidos. Ele aceitou, com bastante entusiasmo, e mostrou, para a audiência privilegiada daquele dia, porque é considerado um dos nossos mais brilhantes professores e críticos literários. Transcrevo aqui apenas o início da aula:
RESUMO:O poeta Mário Faustino construiu sua vida como se vivesse em ritmo de (auto)biografia. Recolhendo os rastros que o biografado deixou em cartas, fotos, poemas e lembranças de contemporâneos, o texto biográfico -entre ficção e realidade -instaura um diálogo entre teoria, crítica, literatura e história.PALAVRAS-CHAVE: biografia, poesia, vida, amor, morte. Auto-retratoOh não passar somente sugerido! Desespero de nunca ver o anjo Não conhecer nem mesmo a rosa e o lírio Ter medo e ter vergonha ajoelhado Querer ser puro e sempre ver-se impuro A espera da morte a incerteza A secreta esperança de ficar A pétala da rosa sob a cota O endereço guardado sobre o peito Ver navios que chegam e vão sozinhos E depois de tanta dor e tanta angústia Pensar ter dado a luz a algo vivo E levantar-se apenas com o poema.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.