Dental enamel hypoplasia, a defect of enamel formation, has been widely used for the investigation of growth disruptions in past populations, as it provides a permanent record of disturbances occurring during an individual's development. With the aim of recording changes in health status during development of the African enslaved individuals recovered from Valle da Gafaria, Lagos, Portugal (15th-17th centuries), linear enamel hypoplastic defects were investigated in a sample of 78 individuals aged 12-40+ years old. Of the 744 anterior teeth present, 13.0% were not observable due to dental calculus, tooth wear or intentional modifications. In all, 647 teeth were macroscopically observed for the presence of dental enamel defects. The position of each defect on the crown was scored by measuring its distance to the cemento-enamel junction on the labial surface of the crown, being the age of occurrence of the physiological stress thereafter calculated. Of the 78 individuals, 89.7% had at least one defect. Of the 647 teeth, 63.5% presented at least one defect. The age of occurrence of the physiological stress ranged between 1.5 and 5.2 years of age, and the mean peak age was between 3.3 and 3.7 years. A previous study has found that the non-adult individuals of this skeletal assemblage died more frequently between 7 and 9 years. Although these two age ranges may represent distinct sets of adverse factors, such as weaning and workload, respectively, they reinforce the idea that the Lagos's individuals experienced harsh living conditions during childhood.
O estudo do desgaste dentário em populações arqueológicas é importante para perceber como se vivia no passado já que uma vez erupcionados os dentes não sofrem remodelação. A localização, severidade e tipos de desgaste podem revelar hábitos culturais e dietéticos. O objetivo deste estudo é analisar o padrão de desgaste dentário, por sexo e classe etária, nos indivíduos de uma amostra medieval de São João de Almedina (Coimbra, Portugal) de modo a melhor conhecer os seus hábitos. A amostra em estudo é composta por 58 adultos (28 homens, 20 mulheres e 10 indivíduos do sexo desconhecido). Os níveis de desgaste oclusal e aproximal foram registados com os métodos de Smith (1984) e Hillson (2001), respetivamente. Registou-se um desgaste oclusal médio de 3,86±1,59, caraterizado por grande exposição da dentina. Os níveis de desgaste interproximais são baixos (1,38±0,72 e 1,36±0,75). Os resultados foram comparados com outras populações, nomeadamente com os dados de Wasterlain (2006), recolhidos com a mesma metodologia, numa amostra da mesma região geográfica, mas dos finais do século XIX/inícios do século XX. Notou-se uma clara atenuação do desgaste na época pós-industrial o que pode ser resultado de um menos eficiente processamento da comida em época medieval.
A inflamação periapical resulta da invasão da cavidade polpar por bactérias orais (na sequência de trauma, desgaste severo ou cárie dentária). Diferentes lesões periapicais (granuloma, quisto, abcesso, osteomielite) têm repercussões diversas, desde desconforto durante a mordida até efeitos sistémicos graves. O objetivo deste estudo consiste em avaliar a frequência dos diversos tipos de lesões periapicais numa amostra de esqueletos da necrópole medieval (séculos XII-XVI) de São João de Almedina (Coimbra, Portugal) de modo a inferir o seu impacto na qualidade de vida dos indivíduos. Observaram-se macroscopicamente 1040 alvéolos de 54 indivíduos adultos (26 masculinos, 16 femininos, 12 de sexo indeterminado). O diagnóstico diferencial das lesões foi efetuado seguindo Dias e Tayles (1997) e Hillson (2001). Foram observadas lesões periapicais em 31,5% dos indivíduos e 3,2% dos alvéolos. Das 33 lesões registadas, 29 eram granulomas ou quistos e quatro eram lesões residuais. As lesões foram observadas mais frequentemente no sexo masculino (38,5%, 9/26) do que no feminino (31,3%, 5/16). O principal fator causador das lesões foi a cárie. Atendendo a que apenas foram identificadas lesões relativamente benignas e assintomáticas, conclui-se que a inflamação periapical não terá tido um impacto muito negativo nos indivíduos estudados.
Children go through various stages of development and growth. The Barker and Osmond “Developmental Origins of Health and Disease” hypothesis states that the stress episodes suffered in intrauterine/early childhood life have negative consequences in adulthood (propensity to diseases and anticipation of the age of death). In order to estimate the frequency of childhood stress in a sample of the Late Neolithic/Chalcolithic and understand its impact on the adult life of individuals, a sample of Monte do Carrascal 2 (Ferreira do Alentejo, Beja) was analysed following the methodology of Reid and Dean (2000, 2006). The individuals in the sample do not present many signs of childhood stress, suggesting a special care taken upon the younger members of the community.
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