Como a pandemia pelo novo Coronavírus afetou o desenvolvimento dos discentes do 5º semestre de biomedicina de um centro universitário do Estado do Pará: Um relato de experiência How the pandemic for the new Coronavirus affected the development of discents in the 5th semester of biomedicine at a university center in the State of Pará: An experience report
Introdução: A principal característica do câncer é o crescimento descontrolado de células neoplásicas, formando tumores. Tecidos tumorais apresentam dependência do aminoácido L-asparagina para se desenvolver, sendo a obtenção desse aminoácido feita do meio extracelular. Alguns medicamentos quimioterápicos hidrolisam a asparagina em amônia e aspartato, eliminando a fonte sérica de asparagina das células tumorais, causando uma apoptose seletiva. Esse efeito é possível pela presença da enzima asparaginase utilizada como princípio ativo dos medicamentos anticancerígenos. Ess molécula é isolada principalmente da bactéria E.coli, porém pacientes têm apresentado efeitos colaterais ao uso de medicamentos que a contem, sendo necessárias novas alternativas farmacológicas. Objetivo: Realizar análise in silico do potencial biotecnológico de asparaginase de Erwinia billingiae, a partir da construção 3D da proteína, identificação do sítio ativo e validação do modelo proposto. Materiais e métodos: Foi realizada uma busca a partir da sequência FASTA da L asparaginase de Erwinia billingiae no Protein Data Bank (PDB), para aquisição de um molde proteíco. Posteriormente foi realizado o alinhamento entre as sequências alvo e molde. Foram construídos cinco modelos proteicos no progama modeller 9v8, e estes foram submetidos à validação através do diagrama de Ramachandran, QMEAN, Prosa e ProQ. Resultados: Foi escolhido o PDB 4O0E para ser utilizado como referência para gerar os candidatos a fármaco, sendo construído diversos modelos, validados e escolhido aquele com melhores resultados. O modelo proposto possui 320 aminoácidos, sendo sua estrutura secundária caracterizada por 11 ẞ-folhas, 8 α-hélices e 20 loops, todos equivalentes às estruturas do modelo de referência (4O0E). Foi observada a presença da tríade catalítica T168, T186 e T219 do modelo de referência em posições equivalentes no modelo construído, sugerindo conservação de sua função. Conclusão: A asparaginase de Erwinia billingiae mantém a tríade catalítica de treoninas conservada sugerindo preservação de sua função proteolítica. Estudos adicionais de acoplamento e dinâmica molecular devem ser realizados para observar se ocorrem interações no complexo enzima-substrato.
Objective: Identify allelic variants of HLA I related to possible resistance or susceptibility to severe SARS-CoV-2 infection and describe this relationship. Methods: This study is a descriptive literature review based on articles published between the years 2020 and 2021 in the databases: SciELO, ScienceDirect, PubMed /MEDLINE, Capes Periodicals, BVS, Wiley Online Library; that was available in Brazilian Portuguese and English. Results: The analyzed studies demonstrated that HLA I alleles can be considered like determinants of resistance or susceptibility to COVID-19 due to their ability to bind to SARS-CoV-2 peptides, influencing in the regulation of the immune response against the SARS-CoV-2 virus. Conclusions: There is an agreement between the authors regarding the role of HLA I like a determinant of resistance and genetic susceptibility to SARS-CoV-2, where the HLA-B*46:01 was the most cited (20% frequency) as allele that confers susceptibility to the virus, and HLA-A *02: 01 and HLA-A *31: 01 were the most cited among the alleles that may confer protection against the most severe infection of COVID-19 (frequency of 19% and 18 % respectively).
Introdução: Asparaginases são amino-hidrolases que catalisam a hidrólise de asparagina em aspartato e amônia. Desde 1953, estas enzimas são conhecidas por sua atividade anticancerígena devida à dependência, que alguns tecidos tumorais têm de Lasparagina extracelular para sua proliferação. Assim, uma vez injetadas na corrente sanguínea, as L-ASNases reduzem a quantidade de asparagina no corpo, impedindo a sobrevivência das células tumorais. Objetivo: Caracterizar o potencial biotecnológico das L-asparaginases de Escherichia coli por meio de ferramentas de simulação computacional. Material e métodos: A enzima Asparaginase tipo II (ECAII) foi obtida no Protein Data Bank - PDB. Dos PDBs 1IHD, 1JAZ, 1JJA, 1NNS, 1HO3, 4ECA e 3ECA, foi escolhida a enzima tipo selvagem mais antiga depositada sob o código 3ECA. Todas as demais são formas mutantes da molécula. Para o estudo e visualização do sítio da enzima foram utilizados os softwares PYMOLL e Visual Molecular Dynamics em suas versões mais recentes. Resultados e discussão: A estrutura de ativa de ECAII é um tetrâmero com 4 subunidades: A, B, C e D, cada um com um sítio ativo. Consiste de dois domínios α e β, Nt-terminal e C-terminal. O domínio C-terminal vai até o aminoácido Gln190, seguido por alça que conecta a outra extremidade, que vai do resíduo 191 ao 212, seguida da extremidade C-terminal, mais curta, com apenas 113 resíduos. Foram identificadas as cavidades do sítio da enzima e quais resíduos interagem com o substrato asparagina. Conclusão: As caractetísticas moleculares e interação com o substrato observada no sítio ativo da molécula confirmam o potencial biotecnológico dessas enzimas. Tendo isso em vista, sugere-se que as asparaginases sejam otimizadas por meio de mutações em seu sítio ativo, aumentando sua atividade catalítica e, consequentemente, sua atividade anticancerígena.
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