Introdução: A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica de evolução crônica, causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode ser transmitida por transfusões de sangue. A avaliação dos marcadores sorológicos na triagem para sífilis em doadores de sangue é fundamental para confirmar se o sangue doado pode estar contaminado com T. pallidum ou se há descarte por reações inespecíficas. Métodos: A população foi composta por doadores de sangue atendidos em todas as unidades do Hemopa, que atenderam aos critérios do estudo. Houve análise dos resultados obtidos através do VDRL e ELISA e informações socioeconômicas sobre a população: sexo, idade, escolaridade e estado civil, obtidos a partir do registro de doadores. Resultados: Durante o período do estudo, houve 103.187 doações de sangue. Um total de 883 doadores foram considerados inaptos para sífilis no teste de triagem (0,86%) e 271 pessoas (30,69%) compareceram ao hemocentro para realização de testes confirmatórios: 50,6% homens; 49,4% mulheres; idade média de 34 anos. Mais da metade declarou ter ensino médio completo e a maioria (75,6%) relatou ser solteiros. Mais de 50% dos doadores apresentaram titulação menor que 1/16; 91,5% também apresentou reatividade em ELISA. 15 pessoas (5,5%) apresentaram outro resultado reagente além da sífilis. Conclusão: Houve mais de 90% de resultados concordantes entre teste treponêmico e não treponêmico em nossa triagem laboratorial. Esses resultados podem auxiliar instituições na estratégia de triagem para sífilis em doadores de sangue.
Introdução: A transfusão sanguínea, embora seja uma medida terapêutica eficaz possui riscos inerentes, portanto, deve ser utilizada de forma criteriosa. Dentre esses riscos estão as reações transfusionais imunológicas, nas quais antígenos eritrocitários podem ser reconhecidos pelo sistema imune como substâncias não próprias, resultando na produção de anticorpos que causam essas reações. O uso de hemocomponentes fenotipados tem sido ferramenta essencial para a prevenção de aloimunizações. Alguns desses antígenos apresentam maior significado clínico devido a sua capacidade de desencadear reposta imune e pela sua frequência na população. No entanto, a distribuição dos antígenos nas populações é heterogênea, em especial no Brasil por se tratar de um país altamente miscigenado. Objetivo: Realizar um estudo das frequências dos principais antígenos e fenótipos dos sistemas de grupos sanguíneos: ABO, Rh, Kell, Duffy, Kidd e MNS em doadores de sangue da Fundação HEMOPA durante o período de junho de 2018 a janeiro de 2020. Material e métodos: A partir de dados disponíveis no Sistema de Banco de Sangue (SBS web), foi realizado um estudo retrospectivo, transversal e descritivo, com a formação de um banco de dados digitalizados no programa StatisticalPackage for Social Sciences (SPSS) versão 20, onde foram avaliadas as frequências absolutas e relativas e a associação entre os antígenos e fenótipos eritrocitários. Resultados: Dentre os 2934 doadores analisados houve predominância do tipo O (63,3%) e quanto ao Rh: D (84,5%). A associação ABO/RhD demonstrou que metade da amostra (52,9%) era do tipo O positivo. Os antígenos mais frequentes para cada grupo sanguíneo foram : e (95,6%), Kpb(100%), Fya (66%), Jka (80,8%), s (91,1%). Os fenótipos mais frequentes foram: D+c+C+e+E- (27%), k+K- (96,1%), Kp (a- b+) (99,1%), Fy (a+b-) (33,8%), Jk (a+ b+) (49,6%), M+N+S-s+ (24,4%). Conclusão: O estudo permitiu o conhecimento do perfil eritrocitário dos doadores da região metropolitana de Belém em relação aos principais antígenos eritrocitários de importância clínica. A identificação das frequências desses antígenos em diferentes populações pode auxiliar na rotina hemoterápica, facilitando a busca por hemocomponentes compatíveis, melhorando a segurança transfusional imunológica.
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