A comida de rua é um fenômeno mundial, notando-se insuficiência de estudos com consumidores. Assim, este estudo buscou caracterizar as práticas de consumo e a percepção de higiene e riscos de consumidores de comida de rua, no Centro Histórico de Cartagena, Colômbia. Realizou-se estudo transversal, com aplicação de questionário, junto a 90 consumidores. Na amostra, predominaram homens (70%), com idade até 24 anos (32,2%) e ensino superior completo (46,6%). Para 70%, o consumo da comida de rua ocorria desde a infância; 57,7% adquiriam-na, pelo menos, semanalmente, revelando o hábito. Os principais motivos para aquisição foram o fácil acesso (41,1%) e o gosto/prazer (38,3%), com maior probabilidade de consumo (0,929) por mulheres de menor escolaridade. Frituras (51,1%) e frutas (26,6%) foram os alimentos mais consumidos – houve maior probabilidade do consumo de frituras por mulheres, menores de 24 anos, com baixa renda (0,8733), e do consumo de frutas por homens, maiores de 60 anos (0,8502). Para 94,4%, os alimentos poderiam oferecer riscos à saúde; 52% confiam “às vezes” na qualidade e higiene das frutas. Para 81%, a venda de comida de rua gerava trabalho e renda. O estudo revela a importância alimentar e social do segmento, demandando atenção pública para seu melhor funcionamento.