Com o crescimento das cidades e a necessidade de oferecer condições adequadas de habitação é inevitável que setores como a construção civil gerem um aumento de impactos ambientais. Nesse sentido, práticas ou ferramentas ambientais, como uma Análise de Ciclo de Vida Energético (ACVE) na construção civil são instrumentos importantes para que se mantenha a qualidade ambiental no meio urbano e mitigação dos impactos. Desse modo, o presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo sobre ACVE de um empreendimento de habitação de interesse social (EHIS). A metodologia está referenciada nos conceitos apresentados por Paulsen e Sposto (2013), Omrany et al. (2020) e Tavares (2006), no qual analisa-se a entrada de energia de um determinado empreendimento em três fases principais: fase pré-operacional, fase operacional e fase pós-operacional. Um estudo de caso foi realizado, obtendo-se a energia consumida (EC) tanto do EHIS (53.068,57 GJ) quanto a EC (1.174,76 GJ) de um único apartamento-tipo. A ACVE também incluiu a análise da energia nas três fases supracitadas e todas essas variáveis foram medidas em área. Ao final, concluiu-se que a energia embutida de manutenção é a que mais contribui para a EC do ciclo de vida energético.

O número de pesquisas relacionadas às ‘cidades sustentáveis’ vem crescendo, pois estabelecem novas formas de interpretação e monitoramento, por meio de índices ambientais, da realidade ambiental dos munícipes. Esta pesquisa contribuiu à ampliação do conhecimento sobre os Índices de Desenvolvimento Ambiental e a forma que se comportam quando aplicados, tendo grande relevância por fazer avaliações de questões que afetam a população, principalmente no quesito qualidade de vida, além de levantar dados que poderão auxiliar na elaboração de políticas públicas e privadas que visem uma economia mais sustentável para a cidade. Desse modo, objetivou-se fazer um estudo sobre os indicadores estratégicos de desenvolvimento ambiental da cidade de Belém, Pará. A coleta de dados foi realizada a partir do segundo semestre de 2016 a setembro de 2017. Os dados desta pesquisa abrangeram os anos de 2016 e 2017, ou seja, corresponderam a um período relevante para que fosse formulado o IDA do município de Belém do Pará. Diante do resultado encontrado, de acordo com a metodologia utilizada, Belém não pode ser considerada uma cidade ‘aprovada’, pois o valor obtido (4,65) está abaixo da média que é cinco (5,0), ressaltando que o valor máximo a ser atingido é dez (10,0). Além disso, o valor encontrado individualmente no IDA de cada grupo (A, B e C) reflete a área em que o município deve direcionar sua atenção. Após o estudo dos indicadores, verificou-se que a cidade de Belém do Pará não pode ser considerada uma cidade desenvolvida ambientalmente, necessitando de atenção em todos os quesitos avaliados (qualidade de água e ar, resíduos sólidos e áreas verdes).