O presente artigo apresenta retratos de mulheres que se relacionaram afetivamente com outras mulheres, através do trabalho de duas fotógrafas lésbicas: Berenice Abbott e Gisèle Freund. As fotografias de ambas as artistas foram feitas principalmente dentro do círculo artístico europeu, sobretudo parisiense, durante a primeira metade do século XX. Além de dissertar sobre as fotógrafas e suas produções, também serão comentados aspectos da vida e obra de cada retratada; entre elas estão as artistas e escritoras Marie Laurencin, Colette, Djuna Barnes e Janet Flanner. A partir desta pesquisa, foi possível observar a relevância da criação de laços entre essas mulheres, explicitados pela troca de olhares entre fotógrafa e fotografada, para a sustentação de um senso de comunidade e construção de identidade entre mulheres lésbicas. Dessa forma, este artigo procura ampliar a reflexão sobre o tema na historiografia da arte e reafirmar a importância de visibilizar os relacionamentos entre mulheres, os quais, por muito tempo, foram largamente ocultados.
O presente artigo apresenta trabalhos de Tee Corinne, artista norte-americana que explorou diversos aspectos das relações entre mulheres. Considerada uma das pioneiras a abordar o erotismo lésbico, é lembrada especialmente por seu trabalho fotográfico, embora tenha trabalhado com diferentes suportes e linguagens. Lésbica, Tee buscou, em suas produções tanto artísticas quanto teóricas ao longo de toda a sua trajetória, trazer visibilidade para as interações íntimas e afetivas entre mulheres. A partir de seus trabalhos poéticos e reflexões escritas, parte-se para uma discussão sobre a representatividade lésbica no campo das artes visuais e abre-se a possibilidade para refletir sobre o que constituiria uma arte lésbica e feminista.
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