O trabalho vem sofrendo mudanças de cunho político, cultural e institucional, as quais tem submetido o trabalhador a uma rotina mais intensa e desgastante. Estas transformações impactaram na organização e nas condições de trabalho docente, sendo associadas ao adoecimento do professor, ao sofrimento psíquico apreendido como depressão e ao consumo de substâncias psicoativas. Objetivou-se descrever as relações entre a depressão e o consumo de substâncias psicoativas entre professores universitários. Pesquisa desenvolvida em uma universidade pública, cujos dados foram coletados pelo Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test e Beck Depression Inventory. 80% dos docentes pesquisados afirmou consumo bebida alcoólica e 27,3% derivados do tabaco; dentre as substâncias consideradas ilícitas a maconha se destaca (15,2%). Identificaram-se indícios de depressão concentrados em homens (52,6%), com idade entre 31 a 40 anos, casados e com mestrado (57,9%). Quanto à associação entre o uso de alguma substância psicoativa e a sintomatologia depressiva, esta foi mais prevalente entre aqueles que mencionaram o consumo de bebida alcoólica (68,4%). Mesmo sendo condições determinadas por vários e complexos fatores, existem relações entre a depressão e o uso de substâncias psicoativas entre os docentes no cenário pesquisado; a precarização do trabalho gera sofrimento psíquico e o adoecimento do professor.
Este estudo teve como objetivo compreender os significados que idosos atribuem ao uso de drogas. Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, realizada com idosos acompanhados por um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas. Os dados foram produzidos através de entrevista semiestruturada e analisados conforme análise de conteúdo de Bardin. A droga surge como necessidade para a construção de vínculos ou para ocupar o vazio proporcionado pelas perdas afetivas. O uso dessas drogas desencadeia desgastes físicos e gera sofrimento psíquico, que determinam a busca por tratamento medicamentoso, religioso e psicossocial. Faz-se necessário um avanço na compreensão do uso de drogas para além da condição de dependência química dos idosos, considerando os significados desse uso e as vivências singulares dessas pessoas.
Objetivo: compreender a assistência realizada pelos profissionais de saúde às crianças e adolescentes que vivenciam situações de violência. Método: pesquisa fenomenológica por meio de entrevistas semiestruturadas, aplicadas de setembro a dezembro de 2015, com nove profissionais de saúde do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil da capital do Ceará, Brasil. As falas transcritas foram categorizadas e analisadas conforme o referencial teórico da Fenomenologia Social de Alfred Schütz. Resultados: os entrevistados realizaram consultas individuais e atividades de grupo para explorar os sentimentos, conflitos e percepções das vítimas. Além disso, assistiram a família e desenvolveram ações com profissionais de outros serviços em busca de resoluções das questões sociais dos casos de violência. Conclusão: os profissionais de saúde precisam conhecer as motivações e os significados que eles atribuem às suas experiências com vítimas de violência para embasar novas ações nos serviços de saúde.
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