A relação entre variação linguística e ensino constitui, sem dúvida, um dos aspectos mais relevantes para o contexto pedagógico na Educação Básica. Neste livro, essa relação é explorada em diferentes temáticas e perspectivas: o estabelecimento da norma-padrão; o tratamento dos materiais didáticos; uso e avaliação de fenômenos variáveis; relatos de experiência e propostas pedagógicas; contexto plurilíngue e ensino de línguas estrangeiras/adicionais. Leitura essencial a professores e pesquisadores da área.

Ambientes relativamente homogêneos, dominados por embaúbas (Cecropia sp.), são comuns nas margens dos principais rios do sudoeste amazônico. Embora comuns, estes ecossistemas são praticamente desconhecidos do ponto de vista ornitológico. O entendimento de como os ambientes ripários contribuem para a manutenção dos serviços ecossistêmicos e da diversidade zoológica local, depende do nosso conhecimento sobre a estrutura das suas comunidades. Nesse contexto, o presente estudo teve por objetivo analisar a estrutura trófica e a distribuição vertical da comunidade de aves em ambientes dominados por embaúba-da-várzea (Cecropia membranacea Trécul.), localizadas no rio Chandless, sudoeste da Amazônia. Duas metodologias foram utilizadas para a amostragem das aves nos diferentes estratos da floresta de embaúbas: (a) redes de neblina para o sub-bosque baixo (0-3m) e (b) observações visuais para o sub-bosque alto e dossel. As capturas e observações foram feitas em sete pontos de estudo. Dezessete espécies estavam associadas aos estratos verticais dos ambientes dominados por embaúba-da-várzea, sendo sete espécies associadas ao dossel, duas ao sub-bosque alto e oito ao sub-bosque baixo. A comunidade de aves nas áreas dominadas por embaúba-da-várzea diferiu entre os estratos verticais, com predominância de frugívoros no dossel e de insetívoros no sub-bosque. Esses ambientes criados pelos rios, ao contrário do que se esperava, abriga uma diversidade de aves considerável e a sua preservação e conservação são necessárias.