A partir do convite à participação na exposição Lugares do Delírio (Museu de Arte do Rio, 2017), que propôs a retomada da colaboração com Clóvis Aparecido dos Santos, o relato acompanha os trabalhos desenvolvidos com ele em exposição na galeria do Espaço Sérgio Porto (2002) e na 26ª Bienal de São Paulo (2004), apontando condições e implicações deste percurso.
Ao passar por momentos pontuais da trajetória da artista e pesquisadora Katia Maciel, a entrevista aborda temas e processos dos seus vídeos, instalações e performances: a relação amorosa, a cidade, a floresta e o mar são deflagradores de situações e associações entre meios e campos diversos. O interesse da artista por temporalidades simultâneas e situações sensoriais perturbadoras não deixa de reverberar uma indagação sobre o que pode ser o cinema e a poesia, sempre em diálogo com sua reflexão teórica sobre a videoarte e a questão da participação do espectador na arte contemporânea brasileira
Desilha é uma plataforma de pesquisa e ação em arte e cidade, que inclui projeto de pesquisa e cursos regulares oferecidos pelo Programa de PósGraduação em Artes Visuais (PPGAV-EBA-UFRJ), sediado na Ilha do Fundão, onde se localiza a cidade universitária. O histórico da construção deste campus universitário reflete as dificuldades de assentamento e concretização do lugar da educação no Brasil, oscilando entre projeto oligárquico e regime autoritário, utopia e inacabamento. Reconhecendo a potência da universidade pública e gratuita como lugar de trocas e amplas transformações hoje, Desilha expandese e toma a cidade como palco para a construção de narrativas avessas à normatividade acadêmica, em uma cidade violentamente impactada pelo desmonte de políticas públicas e pelas consequências das reformas urbanas ocorridas entre a realização dos megaeventos Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016). Nessa direção, restaura forças vitais para empreender novas travessias em tempos de crise e ameaças à democracia no Brasil.
Entrevista com Juliana Notari, artista e doutora em artes visuais (Uerj), realizada via zoom em 11 de novembro de 2022. Durante a conversa com Clarissa Diniz, Michelle Farias Sommer, Claudia Oliveira e a equipe da revista,1 Juliana aborda alguns de seus trabalhos mais emblemáticos, explicitando questões de sua prática artística e relacionando-os a temas atravessados pelos tabus fundantes da sexualidade e da morte como patriarcado, violência, feminino, feminismos, trauma, acaso, perversão e encontros entre animalidade e humanidade.
Revista do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro : PPGAV/EBA/UFRJ, vol. 28, n. 44, jul.-dez. 2022.
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