Introdução: Alelopatia é uma forma de adaptação química dos vegetais, e quando liberado no meio ambiente pode influenciar diretamente ou indiretamente o crescimento e o desenvolvimento de plantas que estão ao seu redor. Objetivo: Avaliar in vitro o potencial alelopático, do extrato aquoso de folhas secas de Mimosa pudica L. sobre a germinação e o crescimento inicial da alface (Lactuca sativa). Metodologia: O extrato de M. pudica, obtido por maceração estática, foi diluído em água destilada, e utilizado cinco concentrações (2, 4, 6, 8 e 10g.L-1). Para o bioensaio de germinação, foram utilizadas placas de Petri, forradas com papel filtro, umedecido com 4 mL dos extratose 25 sementes de alface por repetição. As sementes foram mantidas em incubadora, tipo B.O.D., a 24 ºC e fotoperíodo de 12 horas. Os parâmetros avaliados foram IVG, %G, massa seca, comprimento da radícula e hipocótilo (mm), e os teores de clorofila a, b e total. Resultados: Na análise do IVG, %G, comprimento radicular, teor de clorofila a, b e total demostraram uma redução da germinação e no crescimento da alface a partir do aumento das concentrações do extrato. No crescimento do hipocótilo nas menores doses, apresentaram o efeito hormese e, no teste da massa seca, não demostrou diferença significativa entre as concentrações. Conclusão: Os extratos aquosos de M. pudica possuem efeito alelopático sobre o desenvolvimento inicial da alface. Palavras-chave:Sensitiva; Bioensaios; Aleloquímicos.
Extratos vegetais possuem metabólitos secundários que podem atuar como bioherbicidas com a vantagem de promoverem menores riscos ao ambiente. Mikania laevigata pertence à família Asteraceae e possui a cumarina 1,2-benzopirona como marcador químico, capaz de inibir ou estimular a germinação e crescimento de plantas adjacentes. Diante do exposto, objetivou-se avaliar a fitotoxicidade dos extratos aquoso e etanólico de M. laevigata sobre Lactuca sativa (alface) e Bidens pilosa (picão preto). Foram testadas cinco concentrações (0,1; 1,0; 1,5; 2,0 e 3,0 mg.mL-1) dos extratos, aquoso e etanólico, em experimentos separados, e água destilada como controle. Para isso, foram avaliados a porcentagem de germinação, o índice de velocidade de germinação, o crescimento inicial e os teores de peróxido de hidrogênio (H2O2) e do malonaldeido (MDA). Na presença do extrato etanólico, as espécies (alface e picão preto) reduziram 85 e 90% da germinação, respectivamente. O comprimento da radícula, na menor concentração dos extratos, não foi afetado. Entretanto, na concentração de 2,0 mg.mL-1, as reduções foram de 85%, para alface, e 65%, para picão preto. O aumento do teor de H2O2 foi dose dependente, ou seja, conforme o aumento da concentração dos extratos maior a produção de peróxido, seguido do aumento do MDA para alface e picão preto. As plântulas cultivadas na concentração de 3 mg.mL-1 do extrato etanólico sofreram necrose, impossibilitando as análises subsequentes. Os extratos da M. laeviagata nas concentrações 2,0 e 3,0 mg.mL-1 demonstraram fitointoxicação com aumento do estresse oxidativo nas espécies alface e picão preto.
Produtos naturais tem se mostrado eficazes no controle de plantas invasoras em áreas de produção agrícola. Dentre esses, os óleos essenciais destacam-se por serem bons agentes alelopáticos. Objetivou-se avaliar a fitotoxicidade do óleo essencial de Mikania laevigata no crescimento inicial das plantas invasivas Bidens pilosa e Digitaria insularis. O óleo essencial foi extraído pelo método da hidrodestilação e seus componentes foram analisados por CG-EM. A inibição do crescimento inicial das duas espécies invasoras utilizadas neste estudo foi avaliada utilizando duas concentrações de óleo essencial (0,5 e 1%). Os parâmetros analisados foram comprimentos das raízes e das partes aéreas das plântulas. Na ocorrência de efeitos significativos, os dados obtidos foram submetidos à análise de médias, as quais foram comparadas pelo teste de Tukey, com 5% de significância. Germacreno D (41,6%) foi o principal constituinte químico encontrado no óleo essencial. Para as duas espécies invasoras testadas, a concentração do óleo essencial a 1% foi a que apresentou melhores resultados para os parâmetros analisados.
Cumarinas podem alterar a germinação e o desenvolvimento das espécies receptoras, em ambientes naturais ou controlados. Objetivou-se identificar o efeito da cumarina na Germinação Total (GT (%), Velocidade Média da Germinação (S), Velocidade de Germinação Acumulada (AS) e Comprimento Total da Raiz (CTR), bem como o efeito cumulativo da cumarina sobre a morfoanatomia da raiz de Arabidopsis thaliana ao longo do tempo (7 e 14 dias). As sementes foram cultivadas em placas de Petri quadradas, contendo ágar e concentrações de cumarina compondo a curva dose-resposta (0; 1,5; 3,0; 6,0; 12 e 24 µM). A cumarina foi diluída previamente em etanol. Como controle, etanol acrescido ao ágar. Após determinar o IC50 (14 µM), sementes de A. thaliana foram cultivadas durante 7 e 14 dias. Posteriormente, foram realizados cortes (0,7 μm) dos ápices radiculares e corados com azul de toluidina. A inibição da germinação foi dose-dependente, ou seja, quanto maior a concentração de cumarina maior foi a inibição da germinação. Na maior concentração a germinação foi de 40%, AS e S foi de apenas 37% e o comprimento total das plântulas reduziu 66%. O IC50 induziu o espessamento do ápice radicular, principalmente aos 14 dias de cultivo, aumento de pelos radiculares, surgimento de raízes ectópicas e núcleos assimétricos nas celulas.
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