RESUMO: Objetivo: Este estudo objetivou investigar os fatores associados aos desfechos de cura e abandono na população privada de liberdade com tuberculose. Métodos: Estudo quantitativo, observacional e analítico. Realizado com dados oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de tuberculose da população privada de liberdade nos anos de 2007 a 2016 no estado da Paraíba. Foram incluídas as notificações de indivíduos maiores de 18 anos notificados como “casos novos” e como encerramento por “cura” ou “abandono”. Excluíram-se aqueles que até dezembro de 2016 não tinham a situação de encerramento. Realizaram-se estatísticas bivariada e multivariada, por meio de regressão de Poisson. Resultados: Com 614 notificações, a maioria foi do sexo masculino (93,8%). Na análise bivariada, houve associação estaticamente relevante dos desfechos com síndrome da imunodeficiência adquirida (p = 0,044), sorologia para vírus da imunodeficiência humana (p = 0,048) e não realização de baciloscopia de acompanhamento (p = 0,001). Na análise multivariada ajustada, a síndrome da imunodeficiência adquirida (risco relativo - RR = 1,998; intervalo de confiança de 95% - IC95% 1,078 - 3,704; p = 0,028) e a não realização de baciloscopia de acompanhamento (RR = 5,211; IC95% 2,158 - 12,583; p < 0,001*) permaneceram significativamente associadas ao desfecho de abandono. Conclusão: Os desfechos de cura e abandono estão associados principalmente com a realização ou não da baciloscopia de acompanhamento e com a síndrome da imunodeficiência adquirida.
Objetivo: verificar o comportamento da incidência da tuberculose na população privada de liberdade e estimando sua tendência. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo ecológico de série temporal com análise de tendência da incidência da tuberculose na população privada de liberdade. Utilizou-se de dados secundários provenientes do Sistema de Informações e Agravos de Notificação. A população foi composta por todas as notificações de Tuberculose da população privada de liberdade de unidades masculinas e femininas no período de 2007 a 2016. Na análise de tendência temporal foi realizada através da criação de modelos de regressão polinomial e testados os modelos linear; quadrático; exponencial. Resultados: A tendência da incidência na população privada de liberdade geral e no sexo masculino foi considerada estável, ambas com (p=0,180), e no sexo feminino decrescente (p= 0,040). Conclusão: É necessário avanços na condução do controle da tuberculose nas unidades prisionais. Descritores: Tuberculose; Epidemiologia; Prisioneiros; Incidência; Saúde Pública. Referências Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendação para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde. 2018. World Heatlh Organization. 2017 Fer.Disponívelem: http://www.who.int/tb/areas-of-work/population-groups/prisons-facts/en/. Acesso em : 20 Jan. 2017. Kayomo MK, Hasker E, Aloni M, Nkuku L, Kazadi M, Kabengele T, et al. Outbreak of Tuberculosis and Multidrug-Resistant Tuberculosis, Mbuji-Mayi Central Prison, Democratic Republic of the Congo. Emerg Infect Dis. 2018;24(11):2029-35. Schwitters A, Kaggwa M, Omiel P, Nagadya G, Kisa N, Dalal S. Tuberculosis incidence and treatment completion among Ugandan prison Int J Tuberc Lung Dis. 2014;18(7):781-86. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico. Brasília: Ministério da Saúde, 2018;49(8). 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RESUMOObjetivo Avaliar as ações de controle da tuberculose realizadas em um município brasileiro de grande porte. Métodos Estudo transversal analítico de abordagem quantitativa, cuja população (N=137) abrangeu os doentes com tuberculose notificados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação e que estavam em tratamento, com amostra (n=75) obtida após os critérios de inclusão e de exclusão. As variáveis estudadas foram: "unidade de saúde responsável pelo diagnóstico da tuberculose", "tempo gasto para receber o diagnóstico da tuberculose, após o início dos sinais e sintomas", "unidade de saúde responsável pelo tratamento da tuberculose" e "tipo de tratamento da tuberculose". Os dados foram obtidos a partir de entrevistas estruturadas e analisados por meio da estatística descritiva e analítica com a aplicação do Teste Qui Quadrado de Pearson, através do software R. Conclusão O estudo identificou que as ações de controle da tuberculose encontram-se centralizadas nos serviços especializados e na rede privada, o que contribui para o diagnóstico tardio e dificulta a quebra da cadeia de transmissão da doença, além do tratamento autoadministrado, modalidade que favorece o desfecho antagônico do tratamento. Palavras-chave:Tuberculose; avaliação; serviços de saúde (fonte: DeCS, BIREME).
OBJETIVO: Este estudo objetivou detalhar a prática dos profissionais de saúde quanto ao acompanhamento dos casos de tuberculose no ambiente prisional. MÉTODOLOGIA: Estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado em 06 unidades penitenciárias de um estado do Nordeste brasileiro. Os dados foram coletados no período de julho de 2017 a janeiro de 2018 através de entrevista estruturada áudio gravada, e foram analisados a luz da hermenêutica dialética. RESULTADOS: Foram entrevistados 28 profissionais das Equipes de Saúde Prisional. Como resultados, foi possível constatar a dificuldade dos profissionais de saúde de fazerem até mesmo um simples contato com os doentes encarcerados, de forma que percebe-se nos relatos o acompanhamento incipiente dos casos, com raros encontros entre os membros da equipe e o doente de tuberculose. Nas falas também é possível observar que muitas vezes a responsabilidade pelo acompanhamento do caso é repassada aos Agentes Penitenciários ou para os presos de bom comportamento, contudo não é plausível que estes promotores da saúde desempenhem o papel das Equipes de Saúde Prisional. CONCLUSÃO: Conclui-se que, apesar de muitos profissioanis de saúde deterem conhecimento satisfatório sobre as ações de controle da tuberculose, na prática o acompanhamento dos casos da doença no ambiente prisional encontra-se muito distante do preconizado, de maneira que a alta demanda de atendimentos de casos agudos, e as instáveis condições de segurança para quem trabalha nos presídios, foram referidas como as principais dificuldades para realizar o devido acompanhamento do doente de tuberculose no ambiente prisional. Palavra chave: Assistência de Saúde. Equipe de Saúde. Prisões. Tuberculose. Vigilância Epidemiológica.
O presente estudo tem como objetivo conhecer o perfil clínico dos homens trans que serão submetidos a cirurgia de mamoplastia masculinizadora. Metodologicamente, se apresenta como um estudo descritivo com abordagem quantitativa de base de dados secundários proveniente do formulário online Google Forms, que continha informações para cirurgia de mamoplastia masculinizadora dos pacientes do Ambulatório para Travestis e Transexuais de João Pessoa/PB. Os resultados e discussão tratam sobre os elementos correspondentes a caracterização desse perfil como faixa etária; idade de definição de gênero; tempo de atendimento no ambulatório; idade e tempo de uso de hormônios; histórico de saúde; hábitos de vida; suporte social e aspectos pré e pós-cirúrgico. Diante disso, A discussão científica sobre o perfil de homens transgêneros que buscam a mamoplastia masculinizadora possibilita o conhecimento e a visibilidade das questões de saúde física e mental das pessoas transgênero, que por vezes estão em vulnerabilidade e tem direitos ignorados socialmente.
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