Os indicadores de risco para o desenvolvimento psíquico da criança podem ser identificados nos primeiros meses de vida do bebê. Essa pesquisa teve como objetivo apresentar e discutir os primeiros sinais, observados por mães de bebês que, posteriormente, na fase da infância, foram diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista. O delineamento foi quali-quantitativo. Participaram 27 mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista. Os dados foram obtidos por meio de uma entrevista semiestruturada e passaram por uma análise de conteúdo. Posteriormente, os sinais referidos no relato das mães foram listados, reagrupados por áreas e submetidos à estatística descritiva. Constatou-se que os sinais mais observados correspondiam à área da linguagem e do comportamento. Na época da observação, as mães não relacionaram as alterações identificadas com a possibilidade de um diagnóstico de Autismo. Elas também, inicialmente, não foram alertadas por profissionais da saúde em relação aos indicadores já apresentados pelos bebês e, consequentemente, a maioria das participantes recebeu o diagnóstico após os 36 meses da criança. Sugere-se que o os profissionais da saúde participem de capacitações sobre os sinais de risco para o desenvolvimento psíquico infantil, com vistas a uma atuação de qualidade, respaldada pelo crescente aporte teórico sobre o tema.
Objetivou-se conhecer a experiência da parentalidade exercida por mulheres que, diante da prisão de suas filhas, noras ou irmãs, assumiram a responsabilidade de crianças e/ou adolescentes que foram privados dos cuidados exercidos pela mãe biológica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na qual participaram cinco avós e duas tias maternas. Foi realizada uma entrevista semiestruturada com questões sobre a rotina de cuidados com a criança/adolescente. A produção dos dados ocorreu em uma cidade do interior do estado do Rio Grande do Sul, no período entre Abril e Agosto de 2018. Os dados foram transcritos e submetidos à análise de conteúdo de Bardin. Concluiu-se que as participantes, mesmo diante de dificuldades como situação financeira restrita, pouca escolaridade, falta de apoio social e problemas oriundos da própria faixa etária, assumiram a responsabilidade de cuidar das crianças/adolescentes. O cenário desta rotina é árduo e permeado por sentimentos ambivalentes em relação à presa, contribuindo para que elas não invistam na manutenção do vínculo mãe-filho(a). A maioria das cuidadoras participantes deseja devolver os menores as suas mães, quando finalizado o cumprimento da pena.
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