O artigo discute a aquisição de alimentos regionais para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no contexto da promoção da segurança alimentar e nutricional (SAN). Explora-se o desenho institucional do programa e seus potenciais para fomentar o desenvolvimento local e sustentável, por meio da compra de gêneros alimentícios da agricultura familiar pelo setor público. Os termos alimentos regionais, preparações regionais e hábitos alimentares regionais possuem conceituação ambivalente na literatura científica e institucional, o que possibilita uma oferta de alimentos não saudáveis nos cardápios escolares. Destacou-se o processo de aquisição institucional de gêneros alimentícios dos agricultores familiares e os gargalos existentes, notadamente a falta de documentação por parte dos agricultores familiares, estrutura física e logística e normas sanitárias inadequadas à realidade da agroindústria familiar. A oferta de produtos da agricultura familiar deve ser pautada na produção de alimentos regionais e saudáveis, cujo mercado em vias de consolidação requer delineamento adequado por parte das entidades executoras do PNAE por meio de incentivos à regularização fundiária, acesso a assistência técnica agrícola, produção de base agroecológica e promoção da sociobiodiversidade. A análise da relação entre a promoção da sustentabilidade e a produção/aquisição de alimentos regionais demanda maior número de pesquisas.
Científico e Tecnológico. O critério de inclusão foi a presença das expressões "segurança alimentar" (SA), "segurança alimentar e nutricional" (SAN), "segurança dos alimentos" (SDA) e "soberania alimentar" (SBA) como nome do Grupo de Pesquisa, nome da Linha de Pesquisa ou palavra-chave da Linha de Pesquisa. Como resultado foram identificados 354 grupos de SSAN em 2016, sendo 313 em SA, 177 em SAN, 47 em SDA e 37 em SBA. Observou-se uma tendência geral para aumento no quantidade de grupos de pesquisa, com crescimento mais acelerado para SAN e SBA. Mais de 80% dos grupos foram criados entre os anos 2001 e 2016, sendo 46,05% de 2001 a 2010 e 41,24% de 2011 a 2016. Os grupos de SSAN estão sediados em 138 instituições diferentes, sendo 52 universidades federais, 27 instituições de ensino comunitárias e privadas, 25 universidades estaduais, 19 institutos federais de educação, ciência e tecnologia, além de 15 institutos de pesquisa. As universidades públicas mantêm 82,7% dos grupos de pesquisa, enquanto apenas 8,4% do total pertence ao setor privado. A região Sudeste abriga 33,62% dos grupos de pesquisa em SSAN, com outros 22,60% na região Nordeste. Em 2016, diferente da tendência geral do DGP, apenas em SBA há mais grupos de pesquisa na região Sul do que no Nordeste. Nas Grandes Áreas foi observada maior prevalência de grupos nas Ciências Agrárias, Ciências da Saúde e Ciências Humanas. As Áreas Predominantes mais referidas foram Ciência e Tecnologia de Alimentos, Nutrição, Agronomia e Saúde Coletiva. Os grupos de SSAN relataram entre uma e 37 (μ = 5,82) linhas de pesquisa, sendo 43,8% do grupos com 5 a 10 linhas de pesquisa. Em 2016 havia 4.188 pesquisadores e 4.161 estudantes como membros dos grupos de pesquisa. As mulheres possuem maior participação nos grupos de pesquisa em SSAN, perfazendo 56,4% dos pesquisadores e 72,5% dos estudantes. A relação entre pesquisadores doutores e total de pesquisadores em SSAN é de 73%, superior à do DGP, de 65%. Quanto à reposição da força de trabalho em ciência, as proporções entre pesquisadores e estudantes sugerem baixo dinamismo para o conjunto dos grupos (0,188) e também para cada termo de busca, assim como baixa consolidação (0,138), apesar da crescente do dinamismo e da consolidação. O diálogo interdisciplinar entre pesquisadores com diferentes áreas de formação mantém-se como desafio para a produção científica em SSAN, assim como a ação intersetorial na implementação das políticas públicas.
O objetivo foi descrever as refeições consumidas segundo o grau de processamento de alimentos e bebidas e analisar as evidências sobre o processo de substituição de preparações culinárias por alimentos ultraprocessados.Foram utilizados dados do consumo alimentar de 34.008 indivíduos da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008-2009 por meio de registro alimentar. Refeições foram definidas a partir de horário de consumo e combinação dos alimentos e bebidas conforme a classificação NOVA e categorizadas em: tradicionais (preparações culinárias e/ou processados), mistas (preparações culinárias e/ou processados e ultraprocessados) e ultraprocessadas (exclusivamente ultraprocessados). Frequência de consumo dessas categorizações foram avaliadas por regressão linear univariada. Foram consumidas 4,52 [IC: 4,48-4,55] refeições, sendo 2,63 [IC: 2,59-2,67] tradicionais, 1,32 [IC: 1,30-1,35] mistas e 0,56 [IC:0,54-0,58] ultraprocessadas. A frequência de refeições mistas e ultraprocessadas foi maior entre mulheres, conforme aumento da renda, escolaridade, idade, residir no sul e sudeste e situação de domicílio urbana (p<0,05). Alimentos ultraprocessados são mais consumidos acompanhados de preparações culinárias, nas refeições mistas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.