OBJETIVO: Avaliar a eficácia de indicadores antropométricos e da composição corporal na predição do percentual de gordura e perfil lipídico em escolares. MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo 209 escolares entre sete e nove anos. Foram consideradas as seguintes variáveis: peso, estatura, índice de massa corporal, percentual de gordura corporal, circunferências do braço e cintura, índice de conicidade, razão cintura/estatura, razão cintura/quadril, colesterol total, triglicerídeos e lipoproteínas de alta e baixa densidades. O tratamento estatístico incluiu a utilização dos testes de Kolmogorov-Smirnov, t de Student, Mann-Whitney e a correlação de Pearson e Spearman. Para identificação dos preditores do elevado percentual de gordura corporal e das alterações lipídicas, adotou-se a análise da Receiver Operating Characteristic Curve. RESULTADOS: O percentual de gordura corporal foi a variável que apresentou maior número de correlações, correlacionando-se fortemente com peso, índice de massa corporal e circunferência do braço em ambos os gêneros, além de apresentar fortes correlações com a circunferência da cintura e a razão cintura/estatura nos meninos. O índice de massa corporal, as circunferências do braço e da cintura em ambos os gêneros e a razão cintura/quadril para o sexo masculino apresentaram poder discriminatório satisfatório para predição do percentual de gordura corporal elevado. Os parâmetros antropométricos e de composição corporal não foram capazes de predizer alterações no perfil lipídico, com exceção do percentual de gordura corporal, da circunferência do braço e cintura e da razão cintura/quadril, que se mostraram bons preditores de alterações de triglicerídeos no gênero masculino. CONCLUSÕES: A dislipidemia não pôde ser predita por medidas antropométricas e de composição corporal na faixa etária pediátrica, especialmente no gênero feminino, sugerindo a necessidade da investigação do perfil lipídico por meio de exames laboratoriais.
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