A identificação e o monitoramento de um iceberg, ao longo de uma série de imagens Advanced Synthetic Aperture Radar - ASAR, foi realizada através de uma metodologia de classificação de imagens. Ao longo de 261 dias durante o ano de 2009, o iceberg derivou aproximadamente 1357 km com uma velocidade média de 5,2 km d-1, descrevendo uma trajetória desde o oeste do Mar de Weddell até o interior do Estreito de Bransfield, na extremidade da Península Antártica. A deriva do iceberg representou a circulação oceânica geralmente ciclônica do Estreito de Bransfield. A partir da análise de sua trajetória, em conjunto com a observação de variação de sua área superficial, foi possível associar a deriva deste iceberg com as principais correntes e frentes oceânicas do entorno da extremidade da Península Antártica. A região do Estreito de Bransfield demonstrou ter maior influência sobre a desintegração do iceberg, tanto por fraturamento como por derretimento da estrutura de gelo, resultando numa diminuição da área superficial do iceberg de ~80%. O presente estudo mostra que a utilização de imagens ASAR é uma ferramenta eficaz na observação do deslocamento de icebergs, auxiliando nos trabalhos qualitativos da circulação oceânica em altas latitudes.
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