Este artigo aborda o papel fundacional do colonialismo na arqueologia histórica. Seus objetivos são traçar os caminhos pelos quais o colonialismo tem estruturado as pesquisas e terminologias, tratar sobre as formas como tem sido abordado e negligenciado pela(o)s arqueóloga(o)s históricos, bem como refletir sobre a variedade de conceitos utilizados nesses estudos: contato cultural, colonialismo, pós-colonialismo, resistência, hibridismo, emaranhamento, persistência, sobrevivência e etnogênese. Nesse sentido, o presente trabalho não só avalia os avanços analíticos e as limitações teóricas com respeito ao principal problema de pesquisa da arqueologia histórica do colonialismo – os povos indígenas –, mas também identifica diversas lacunas no que diz respeito às conexões mais que necessárias com a Diáspora Africana e os próprios colonizadores.
Este artículo presenta un estudio de las relaciones interétnicas en la región amazónica del río Madeira entre los siglos XVII y XVIII. La relectura de algunas de las principales fuentes etnohistóricas de la región ha permitido identificar procesos de etnogénesis que se analizan y se presentan como estudios de caso. Con ello se pretende demostrar que estos procesos de etnogénesis, en muchas ocasiones ocultados, se configuran con base en estrategias y mecanismos de respuesta y adaptación en el marco de las relaciones interétnicas. Asimismo, se busca señalar cómo el alto Madeira se configura como una región no de una sino de múltiples fronteras internas. En definitiva, se argumenta que el estudio de las relaciones interétnicas en la relectura de las fuentes etnohistóricas permite sacar a la luz nuevos datos y vislumbrar los otros lados de la historia del sertão.
Este artigo apresenta um estudo sobre o impacto da destruição causada pelo incêndio do Museu Nacional de 2018 à coleção arqueológica do Forte Príncipe da Beira, recuperada dos escombros do Palácio de São Cristóvão durante a campanha de resgate no início de 2019. O material arqueológico procedente dessa fortaleza amazônica situada no Vale do Guaporé consistia em mais de 7.000 fragmentos de metal, vidro, cerâmica, faiança fina e portuguesa, grés, porcelana e lítico, com uma datação média entre finais do século XVIII e meados do século XIX. O artigo trata, portanto, dos principais desafios metodológicos e alternativas encontradas durante o processo de resgate, reinventariação e conservação. Inicialmente concebida como simples requisito técnico e administrativo, a avaliação dos danos derivados do incêndio terminou por produzir valiosos dados sobre a manufatura, a reação ao fogo e a resistência dos diversos tipos de materiais que conformavam a coleção. Finalmente, ao situar o incêndio do Museu Nacional e os resultados da campanha de resgate no âmbito teórico da Arqueologia da Destruição, este estudo contribui para a problematização das intervenções arqueológicas em áreas e contextos considerados de “desastre”, iluminando novas formas de tratar e conservar os materiais procedentes das campanhas de resgate.
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