Este trabalho tem como objetivo descrever as estratégias de evidencialidade expressas pelos verbos “ver”, “olhar” e “observar” em língua portuguesa. Para tanto, adotamos os preceitos teóricos da Gramática Discursivo-Funcional (HENGEVELD; MACKENZIE, 2008) e a classificação da evidencialidade proposta por Hengeveld e Hattnher (2015) e Hengeveld e Fischer (2018). As ocorrências analisadas provêm do Corpus Brasileiro (SARDINHA; MOREIRA FILHO; ALAMBERT, 2010), do Timestamped JSI Web Corpus 2014-2020 Portuguese (TRAMPUS; NOVAK, 2012), do Iboruna (GONÇALVES, 2006) e do Portuguese Web 2011 (KILGARRIFF et. al., 2014). Nossos resultados atestam a produtividade de verbos de percepção visual como estratégias de evidencialidade para indicar percepções físicas, raciocínios e relatos, corroborando e expandindo resultados de trabalhos anteriores.
ResumoO objetivo deste artigo é analisar o processo de Gramaticalização (doravante, GR) do verbo olhar no português falado do interior paulista, buscando descrever os diferentes usos dessa forma verbal e identificar os níveis e as camadas de organização da gramática em que essas formas atuam, com o intuito de obter evidências de ordem pragmática e semântica que auxiliem na proposição de uma trajetória de GR em termos de mudança de conteúdo e mudança formal. Para tal fim, utilizamos como aparato teórico os estudos do processo de GR em sua concepção mais clássica (
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.