Introdução: O Programa Nacional de Imunização (PNI) possui notório reconhecimento nacional, entretanto nos últimos anos é observado uma queda das coberturas vacinais infantis e suas consequências mostram-se visíveis com o retorno de patologias imunopreveníveis. Objetivos: Avaliar as cadernetas de vacinação de crianças entre quatro e cinco anos de idade de uma escola do nordeste do Brasil e sensibilizar crianças, pais e educadores quanto à sua importância. Métodos: A intervenção contou com 4 momentos, no primeiro momento foram avaliadas as cadernetas, afim de que se observasse a real condição vacinal das crianças, no segundo momento foi realizada uma atividade lúdica, com intuito da desmistificação negativa através da pintura de desenhos sobre a temática, no terceiro momento foi enviado aos pais um informativo sobre as vacinas e a situação vacinal de seu filho, e, por fim, foi realizada uma campanha para atualização das vacinas atrasadas e orientação sobre os futuros imunobiológicos que seriam aplicados. DISCUSSÃO: Durante toda a atividade foi percebido que a maioria dos alunos, provavelmente, não teve explicações pelos pais e responsáveis sobre o assunto, fato que gerava ansiedade e medo sobre o evento. Após todas as dinâmicas interativas e apropriadas para a idade, percebeu-se maior receptividade desse público em relação ao assunto. Conclusão: Concluímos então que pais e cuidadores devem ser informados detalhadamente a respeito dos benefícios da vacinação na prevenção de doenças, para que possam transmitir a seus filhos, fortalecendo o entendimento deste, como um ato de amor e cidadania.
Introdução: O Vírus Varicela-Zoster (VVZ) produz duas formas clínicas: Varicela e Herpes Zoster (HZ). A varicela é uma doença aguda associada à sintomas sistêmicos e uma erupção cutânea que evolui para bolhas e crostas. É geralmente benigna em crianças, mas em adultos pode levar à pneumonia ou encefalite, sequelas permanentes e morte. Objetivos: Analisar a prevalência de HZ e as características clínicas dos casos atendidos em um hospital de referência na cidade de Fortaleza - CE durante os anos de 2009-2019. Métodos: Estudo retrospectivo, transversal e descritivo que visa analisar os prontuários de pacientes pediátricos, que tenham sido atendidos no Hospital São José de Doenças Infecciosas no período de 2009 a 2019. Discussão: Sabe-se que o HZ é uma doença relativamente frequente na população, acometendo diversos indivíduos durante algum momento de sua vida. Desse total, até 3% necessitam de internação. Embora a maioria dos casos apresente cura em poucas semanas, o quadro clínico pode evoluir com manifestações graves e complicações, prolongando o tempo de internação, gerando mais morbidades e maiores custos ao sistema de saúde. Conclusão: Diante desse cenário, é importante conhecer o perfil dos pacientes diagnosticados com HZ devido às complicações da doença, que podem causar grande impacto na qualidade de vida, para que, ações de promoção e intervenção de saúde, como a vacinação contra o zoster, hoje apenas disponível na rede privada, possam se tornar cada vez mais frequentes e disponíveis para toda a população.
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A Acondroplasia é uma doença rara de herança autossômica dominante, causada pela substituição do aminoácido glicina pelo aminoácido arginina na posição 380, acometendo o receptor do fator de crescimento de fibroblastos 3 (FGRF-3). Suas características são evidentes desde a vida intrauterina, sendo detectadas pelo ultrassom. O objetivo deste estudo é determinar as principais alterações clínicas dos pacientes com Acondroplasia. Foi realizada revisão dos prontuários médicos dos pacientes com diagnóstico de Acondroplasia de 2002 a 2018, acompanhados no serviço de genética médica de um hospital público terciário, no estado do Ceará - Brasil. Foram incluídos no estudo 28 pacientes. A idade média dos pacientes, no dia da primeira avaliação, era de 26 meses (0,5-140). 3 pacientes (10,7%) nasceram pré-termo, contudo 100% dos pacientes obtiveram APGAR de 5 minutos acima de 7. Os principais atrasos dos pacientes foram para sentar (18%), andar (11%) e falar (11%). As anormalidades mais prevalentes foram macrocrania, membros curtos, hiperlordose, dedos em tridente e problemas respiratórios. Nesse estudo foi observado leve predomínio do sexo masculino e, apesar do atraso nos marcos de desenvolvimento neurológico, não houve alterações das funções neurológicas e cognitivas na maioria dos casos. As alterações clínicas observadas correspondem às que já são conhecidas na literatura e devem ser reconhecidas pelo médico generalista, como também pelos demais profissionais que estão envolvidos nos cuidados ao paciente com acondroplasia, visando um diagnóstico precoce dessa patologia para tratamento adequado e o devido aconselhamento genético.
RESUMO:INTRODUÇÃO: A adolescência é uma fase que envolve transformações tanto corporais quanto mentais. Nesta etapa da vida, muitos transtornos mentais se iniciam e, dependendo do seu tipo, gravidade e fatores predisponentes, podem levar ao suicídio. O Brasil foi o quarto país da América Latina com maior crescimento das taxas de morte autoprovocada entre 2000 e 2012. Os fatores causais para esta problemática podem variar de acordo com a população, e pesquisas mostram que os indígenas brasileiros são um grupo de risco para suicídio, demonstrando que há necessidade de estudos para combater esta problemática no país. OBJETIVO: Descrever os fatores de risco do suicídio em adolescentes no Brasil. METODOLOGIA: Foi realizado um levantamento bibliográfico utilizando a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) com as palavras-chave "fatores de risco", "suicídio", "adolescente" e "Brasil" combinadas com os operadores booleanos "AND". Foram selecionados artigos originais e revisões de literatura em inglês ou português, disponíveis na íntegra e que tivessem sido publicados nos últimos cinco anos. Os critérios de exclusão compreenderam cartas aos editores, resenhas e artigos de opinião. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram pesquisados 23 artigos, dos quais 11 atenderam ao objetivo do nosso estudo. No Brasil, houve um aumento na incidência do suicídio entre adolescentes brasileiros, com uma variação de 7,7% a 36%. Os principais fatores associados à tentativa de suicídio no país foram: transtornos de humor; histórico familiar de suicídio; tentativa prévia; abuso de substância; maus tratos na primeira infância; abandono físico e emocional; abuso sexual; convívio familiar disfuncional; término de relação amorosa e menor escolaridade. Um estudo relatou um pico de incidência em adolescentes de 14 a 17 anos, o que confirma os dados de outra pesquisa, em que as tentativas de suicídio tendem a ocorrer no meio da adolescência, aumentando no final desta, quando atingem seu pico. As taxas de suicídio na população geral foram maiores no sexo masculino, o que não foi observado entre indígenas na região Norte, onde há uma sobreposição feminina. Os índios constituem o grupo étnico com as maiores taxas de suicídio no país, principalmente na faixa etária de 10 a 19 anos, o que pode ser justificado pela desagregação cultural, conflitos nas terras demarcadas e elevado consumo de álcool. CONCLUSÃO: Os fatores de risco para óbito autoprovocado no Brasil possuem peculiaridades epidemiológicas em relação a outros países, como o número maior de mulheres que cometem suicídio nas comunidades indígenas. Porém, a depressão continua desempenhando forte influência no desenvolvimento do pensamento e do comportamento para a morte. Faz-se necessário a realização de mais pesquisas acerca do tema, que servirá para um melhor planejamento de programas de prevenção adequados à realidade local.
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