Introdução: As queimaduras são lesões resultantes da ação de agentes térmicos, químicos e elétricos sobre as camadas da pele, provocando alterações físicas e metabólicas. Anualmente no Brasil, cerca de um milhão de pessoas sofrem lesões por queimadura, sendo que cerca de cem mil buscam atendimento hospitalar e destas, estima-se que cerca de duas mil e quinhentas vãos à óbito, decorrente das lesões, e/ou das complicações relacionadas. Nestes casos uma terapia nutricional adequada é fundamental para a recuperação destes pacientes. Objetivo: Verificar os benefícios da terapia nutricional na recuperação de pacientes com queimaduras graves. Metodologia: Revisão bibliográfica com artigos científicos pesquisados em bancos de dados, como: Scielo, Pubmed e LILACS. Foram incluídos artigos científicos recentes, priorizando os últimos dez anos, além de clássicos da literatura, sem restrição de data e idioma de publicação. A coleta de dados foi realizada no período entre maio e junho de 2020. Resultados: Nas queimaduras extensas, o organismo detém-se hemodinamicamente instável, e o sistema imune torna-se incapaz de delimitar a infecção, o que provoca uma resposta sistêmica hipermetabólica, gerando um grave aumento do catabolismo muscular, podendo levar à desnutrição, maior tempo de permanência hospitalar e a um maior risco de mortalidade. Neste sentido, a administração de dieta hipercalórica, hiperproteica, ômega 3, vitaminas A, C, E, de minerais como zinco e selênio, bem como de imunomoduladores como glutamina e arginina, demonstraram importante papel na melhora do estado nutricional e cicatrização. Conclusão: A nutrição enteral se mostra como via preferencial na administração da terapia nutricional, e esta, quando iniciada imediatamente, desempenha um papel fundamental na oferta de energia, recuperação e manutenção do estado nutricional, ofertando condições para melhoria do sistema imune, diminuindo o risco de infecção, bem como de sepse e complicações relacionadas, otimizando o processo de cicatrização e auxiliando na redução do tempo de internação hospitalar e na redução dos índices de mortalidade.

Considerada um processo interdisciplinar, educativo, cultural e científico, a extensão universitária é responsável pela troca de conhecimentos entre a universidade e a sociedade. O Grupo de Pesquisa em Atividade Física, Saúde e Envelhecimento - LAGER preocupa-se em divulgar os resultados de suas pesquisas em revistas cientificas da área. Diante disso, o presente artigo possui como objetivo, descrever a produção de conhecimento do Grupo, desenvolvidas em parceria com o programa de extensão universitária Grupo de Estudos da Terceira Idade - GETI. O estudo caracteriza-se como retrospectivo de análise documental de artigos publicados pelo GETI ou seus participantes no período de 2006 a 2016, onde foram selecionados 58 artigos científicos. Utilizou-se para tabulação de dados o programa Excel, analisados por meio de estatística descritiva. Concluiu-se que houve um aumento considerável da produção de conhecimento do LAGER nos últimos anos, desenvolvidas em parceria com o GETI, resultado da experiência e do desenvolvimento de pesquisas, aprimorando também a qualidade dos periódicos nos quais os artigos foram publicados. Além disso, a disseminação desse conhecimento contribuirá na formação e atuação profissional na área da saúde. Palavras-chave: Extensão comunitária. Idosos. Instituição de pesquisa. Revisão acadêmica.

Uma dieta equilibrada pode evitar o risco de doenças ósseas, a fim de manter os níveis de cálcio e vitamina D adequados, sendo a suplementação recomendada quando as necessidades nutricionais diárias não forem atingidas. Este estudo objetivou analisar o consumo alimentar, o uso de suplementação e os exames bioquímicos de cálcio e vitamina D em adultos e idosos atendidos em um ambulatório de Nutrição. Estudo quantitativo, de corte transversal, realizado com 561 Prontuários Eletrônicos de Pacientes (PEP) adultos e idosos atendidos em um Ambulatório de Nutrição, no período de agosto de 2016 a junho de 2022. Dos PEP, foram coletados os dados de idade, sexo, consumo dietético de cálcio e vitamina D por meio da análise do recordatório alimentar de 24 horas, aplicado na primeira consulta nutricional do paciente, uso de suplementação e apresentação de exames bioquímicos, cadastrados no sistema TASY®. A ingestão diária de cálcio e vitamina D foi comparada com as recomendações diárias estabelecidas pelas Dietary Reference Intakes (DRIs), de acordo com a faixa etária e sexo. Para a avaliação dos níveis séricos de cálcio e vitamina D foram utilizados valores de referência do próprio laboratório em que o exame foi realizado. Observou-se baixo consumo de cálcio e vitamina D na maioria dos indivíduos avaliados, sendo que o consumo de cálcio abaixo das recomendações diárias foi significativamente associado aos idosos e acima, aos adultos (p=0,028). A maioria não fazia suplementação de cálcio e de vitamina D, mas dentre aqueles que a faziam, a suplementação de cálcio foi significativamente associada aos idosos e a ausência aos adultos (p=0,001). A maioria também não fazia exames bioquímicos de cálcio e vitamina D, sendo que a não realização dos exames bioquímicos de cálcio foi significativamente associada aos adultos e, dentre aqueles que o fizeram, os níveis adequados e acima foram significativamente associados aos idosos (p <0,001). Conclui-se baixo consumo de cálcio e vitamina D, falta de suplementação e realização de exames bioquímicos desses micronutrientes na maioria dos adultos e idosos avaliados.