Este estudo tem como objetivo analisar o desenvolvimento de vivências socioeducativas para promover a saúde de um grupo de idosos e avaliar seus impactos. Trata-se de estudo de caso por métodos mistos pela perspectiva transformativa sequencial. Composto pelas fases: relato qualitativo da elaboração e condução da intervenção socioeducativa, abordagem exploratória quantitativa sobre características sociodemográficas e Integração dos Resultados. Foram implementados cinco grupos (média de 22,2 participantes) sendo maioria de mulheres, com baixa escolaridade e sem relacionamento estável. De forma geral os resultados dos grupos oportunizaram: convívio com colegas (26,2%), conhecimento de lugares inéditos (15%), recreação/lazer (15%). Obtendo como principais contribuições: ganhos para a saúde (22,9%), suporte emocional (29,8%), disposição/energia (10,0%), autopercepção de mente ativa (10,0%). A implementação de vivências socioeducativas nos grupos possibilitou reconfigurações dos ganhos para a saúde percebidos pelos idosos. Assim, considera-se que o grupo de vivência apresentou-se como alternativa assistencial que contribuiu para abordagem ampliada ao envelhecimento nos serviços saúde.
Estudo por métodos mistos e de abordagem construcionista social, com objetivo de analisar a condução do Planejamento Estratégico Situacional em saúde para levantamento das demandas relacionadas a saúde do trabalhador com duas equipes da Estratégia Saúde da Família, realizado em maio a junho de 2018. Realizou-se observação ativa do território, entrevista com informantes-chave, análise de dados secundários e roda de discussão. As equipes possuíam 1637 famílias cadastradas, todas as casas são de tijolo, 80,1% com tratamento da água em domicílio e 99,6% com abastecimento pela rede pública. A coleta do lixo é pública, 99,9% possui rede de esgoto e 99,5% energia elétrica. A observação ativa indicou predominância de comércio informal. Equipamentos sociais foram identificados, como igrejas, bancos, centro comunitário para prática desportiva, escolas públicas e um Centro de Referência para a Assistência Social, bem como uma universidade pública. As áreas de abrangência apresentam características de moradores de classe média baixa, com pessoas em situação de pobreza. Os informantes-chave relataram que existem atividades ocupacionais domiciliares, frequentes entre as mulheres em idade produtiva. No adoecimento relacionado ao trabalho o sofrimento mental e depressão foram apontados como recorrentes e a inexistência de ações intersetoriais. No plano de ação, optou-se o problema “Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus e Sofrimentos Mentais como as doenças frequentes entre os usuários trabalhadores”. O nó-crítico selecionado para a elaboração do plano de ação foi “Organização do processo de trabalho das equipes com fragilidades nas investigações/reconhecimento das condições de saúde do usuário trabalhador”. O estudo propõe o fortalecimento e construção de competências que atuem na modificação da realidade social das coletividades, em consonância ao debate atual brasileiro na proteção e promoção da saúde e, prevenção de danos à saúde do trabalhador.
Introdução: A hemodiálise, parte da terapia renal substitutiva, influencia a qualidade de vida pelas limitações que impõe às atividades rotineiras. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de doentes renais crônicos em hemodiálise e correlacioná-la com informações do perfil do grupo. Métodos: Usaram-se prontuários clínicos e Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida (WHOQOL-Bref) (domínios físico, psicológico, social e ambiental) para análise de uma amostra de 50 pessoas, 60% homens, média de idade de 52,48±5,79 anos. Resultados: Quanto à qualidade de vida, o domínio com maior média foi o social (77,5), seguido do psicológico (67,66) e do físico (63,28), e a menor pontuação para o do meio ambiente (62,37), demonstrando bom nível de relações sociais, e prejuízo nos aspectos físicos. Houve correlação significativa positiva entre escolaridade e domínio psicológico, e negativa entre idade e domínios físico e psicológico. Conclusão: Houve redução na qualidade de vida, com influência negativa da idade do sujeito.
Trata-se de estudo de caso único, descritivo-narrativo, orientado pelo Modelo Calgary de Avaliação Familiar que teve como objetivo analisar a implementação da abordagem familiar na estratégia saúde da família e elaboração do projeto terapêutico singular. Foram realizadas visitas domiciliares; entrevistados seis agentes comunitários de saúde e analisados indicadores da equipe - entre junho e agosto/2017. O caso analisado foi composto por uma família de idosos que cuidam de idosos. Evidenciou-se duas categorias: “O Contexto sócio epidemiológico do território” e “A Família e o Projeto Terapêutico Singular”. Apresentou-se: higiene pessoal e limpeza da casa precárias, dificuldades no manejo do regime medicamentoso, vínculos frágeis e conflituosos com a família estendida, ausência de integração em atividades comunitárias. Construções compartilhadas em equipe orientaram a elaboração do Projeto Terapêutico Singular. Conferência familiar, diálogos que geraram compromissos, painel com atividades domésticas, integração ao grupo comunitário de ginásticas e estreitamento de vínculos com equipe de saúde compuseram intervenções. Conclui-se que o caso relatado contribui para orientar o trabalho interprofissional com famílias para produção de cuidados na atenção básica.
Objetivo. Averiguar a associação entre sintomatologia depressiva e mortalidade em idosos da América Latina. Métodos. Realizou-se uma revisão sistemática com metanálise de estudos indexados nas bases PubMed, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Web of Science, Cochrane Library, Scopus e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). O estudo foi registrado na base PROSPERO (International Prospective Register of Systematic Reviews) e estruturado de acordo com o referencial metodológico PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). A metanálise foi realizada usando modelos de efeitos aleatórios, e os dados analisados incluíram as medidas de risco relativo (RR) bruto e heterogeneidade, com estimativas pontuais e intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados. Cinco estudos, realizados no Brasil e no México, foram incluídos na metanálise, abrangendo 8 954 idosos. O RR para mortalidade na presença de sintomatologia depressiva foi de 1,44 (IC95%: 1,16; 1,78). A heterogeneidade encontrada foi de 80,87%. As metarregressões mostraram que quanto maior a proporção de mulheres nas amostras dos estudos, maior o risco de mortalidade associada à sintomatologia depressiva, e quanto maior o tempo de acompanhamento do estudo, menor o risco de mortalidade associada à sintomatologia depressiva. Conclusão. A presença de sintomatologia depressiva associou-se positivamente à mortalidade em idosos latino-americanos, com RR de óbito 44% maior em relação aos idosos sem sintomatologia depressiva. As principais limitações do estudo foram o pequeno número de trabalhos encontrados na revisão sistemática e a variação entre as escalas utilizadas para determinar a presença de sintomatologia depressiva.
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