Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome caracterizada pela redução no débito cardíaco e/ou aumento das pressões de enchimento. No Brasil, a IC apresenta elevada taxa de internações e óbitos com alto custo ao sistema público. Nesse sentido, conhecer as características clínicas dessa patologia é fundamental para um melhor prognóstico e controle epidemiológico. Assim, este estudo objetivou analisar o perfil das hospitalizações e óbitos por IC no Brasil entre 2015 e 2020. Metodologia: Estudo descritivo das internações e da mortalidade por IC no país, com base nos dados disponíveis no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS). Essas variáveis foram estratificadas conforme sexo, idade, cor/raça e ano. Resultados: Foram registradas 1.212.249 internações, com uma tendência de decréscimo ao longo dos anos não acompanhado de redução nos investimentos públicos. Analisando as hospitalizações verificou-se predomínio nos homens (51,61%) e com idade a partir de 70 anos (48,61%), seguido daqueles entre 40 e 69 anos (46,10%). Ainda, observou-se que 37,85% dos pacientes apresentavam cor/raça branca. Quanto aos óbitos, foram registrados um total de 134.703 vítimas. De forma temporal, nota-se um percentual constante, com média de 22.450,5 óbitos/ano. A mortalidade foi mais prevalente em mulheres (50,38%) e na faixa etária maior ou igual a 70 anos (61,22%). Ademais, como nas internações observa-se predomínio em pacientes brancos (37,15%). Discussão: O perfil das hospitalizações por IC apresentaram tendência decrescente. Entretanto, a queda observada em 2020 pode apresentar fatores de confusão, devido a atual pandemia do COVID-19. As características epidemiológicas apresentaram fatores geográficos, genéticos e sanitários como determinantes dessas variáveis. Conclusão: Apesar da redução no número de internações e manutenção nos óbitos entre 2015 e 2020, os índices de mortalidade ainda são altos mesmo com os avanços tecnológicos, gerando um elevado custo para os cofres públicos.
A criptococose é uma doença fúngica infecciosa, tegumentar e/ou sistêmica, crônica, de distribuição global, causada por levedura sapróbia do gênero Cryptococcus que pode infectar humanos, animais silvestres e mamíferos domésticos, especialmente felinos domésticos. Duas espécies estão mais diretamente envolvidas com a doença: o Cryptococcus neoformans e o Cryptococus gattii, porém pacientes imunocomprometidos têm, como principal causador, o Cryptococcus neoformans. Todavia, O Cryptococcus gattii, além de afetar hospedeiros imunossuprimidos, também pode causar a doença em indivíduos imunocompetentes. Este relato apresenta os achados clínicos e o diagnóstico firmado com o exame histopatológico de um caso de pneumonia e leptomeningite criptocócica em um felino, macho, sem raça definida, de cinco anos de idade, atendido no Hospital Veterinário “Dr. Vicente Borelli” – do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (Unifeob).
Papilomatose canina é uma patologia infectocontagiosa causada pelo papilomavírus e caracterizada por neoformações benignas cutâneas na cavidade oral, lábios, faringe, esôfago e trato genital. Esta enfermidade é espécie-específica, de caráter autolimitante, com regressão entre quatro e oito semanas após o surgimento das lesões; em alguns casos, porém, pode se tornar crônica, causando disfagia e até obstrução faringeana. Sua transmissão se dá por meio de contato direto ou indireto com secreções ou sangue advindo de animais contaminados. O diagnóstico é obtido com a associação de aspectos clínicos e exame histopatológico. Devido ao potencial autolimitante, diferentes protocolos de tratamento são descritos, dentre eles, imunoestimulantes, autovacinas, ressecção cirúrgica, fármacos antivirais e auto-hemoterapia. Este trabalho descreve um caso de papilomatose com enfoque na falha na utilização da vacina autógena associada à Propionibacterium acnes.
Introdução: A pandemia do Coronavírus afetou diversos países ao redor do mundo em um curto espaço de tempo. Foi identificado pela primeira vez no Brasil em fevereiro de 2020 e, desde então, o número de casos e de óbitos aumentou consideravelmente. Assim, compreender o perfil populacional da doença quanto às localidades e vulnerabilidades faz-se necessário para um controle epidemiológico mais específico. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico do COVID-19 no estado de Minas Gerais no período de março a outubro de 2020. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, de base documental com procedimento comparativo-estatístico. Os dados acerca dos casos e óbitos confirmados de SARS-CoV-2 no estado mineiro foram coletados a partir dos boletins epidemiológicos disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais pela plataforma Coronavírus Minas Gerais. Resultados: Foram registrados 346.310 casos de COVID-19 no período, com maior prevalência no sexo feminino (51%) e na faixa etária de 30 a 39 anos (24,3%). Quanto aos óbitos, 8.916 foram confirmados, com maior frequência em homens (57%) e em pessoas com mais de 60 anos (79,52%), sendo as comorbidades mais presentes as cardiopatias (47,77%) e o diabetes (33,28%). Conclusões: Verificou-se prevalência de casos no sexo feminino e na faixa etária entre 30 e 39 anos, enquanto os óbitos foram mais frequentes em homens e na faixa acima de 60 anos. Ainda, foi possível visualizar a relação das políticas públicas com os números de infecções e de mortes, reforçando a necessidade de adequação e direcionamento de estratégias para o controle do COVID-19 no estado.
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