Objetivou-se testar metodologias alternativas para caracterizar o volume sólido das pilhas de madeira bem como descrever o fator de empilhamento (Fe) para uma vegetação transicional de caatinga/cerrado. O estudo foi realizado em uma área experimental Fazenda Aracajú, Cristino Castro, Piauí. Os dados foram coletados em 11 pilhas de madeiras dispostas nas bordas de uma área com 30 por 90 metros. O Fe foi calculado pela razão entre o volume empilhado pelo volume sólido. Para testar a redução da amostragem, utilizou-se 7 tratamentos para comparação com o Fe, sendo: T1: face A e B e um diâmetro (horizontal); T2: face A e B e um diâmetro (vertical); T3: face A e diâmetros cruzados; T4: face B e diâmetros cruzados; T5: face A e um diâmetro; T6: face B e um diâmetro. As análises foram feitas em planilha eletrônica e o teste t pareado (95% de probabilidade de acerto) foi adotado para comparação dos tratamentos. O volume sólido médio foi de 1,57 m3 e o volume empilhado médio foi de 4,03 mst. O Fe foi de 2,55. O tratamento T6 obteve bom resultado, demonstrando a possibilidade da redução de amostragem medindo apenas uma face e um diâmetro nas pilhas.Palavras-chave: volume sólido, volume empilhado, pilhas de madeira.
A madeira é considerada o combustível mais antigo usado como fonte de energia. No entanto, com a crescente demanda, tornou-se necessário adotar fontes que promovam menores impactos ao meio ambiente. O presente trabalho teve como objetivo determinar as propriedades físicas, químicas e energéticas da madeira de Dalbergia cearensis. O estudo foi realizado em uma área de vegetação nativa em Cristino Castro-PI, selecionando três indivíduos da espécie, dos quais foram retirados discos de madeira nas alturas de 0, 25, 50, 75 e 100% da altura comercial. A densidade básica foi determinada conforme NBR 11941. O poder calorífico superior foi determinado conforme NBR 8633 e o teor de materiais voláteis, cinzas e de carbono fixo foi determinado de acordo com a NBR 8112. A densidade obtida para a espécie foi de 0,73 g/cm3, o poder calorífico foi de 4.327 kcal kg-1 para madeira e 4.419 kcal kg-1 para casca. O teor de materiais voláteis, cinzas e carbono fixo para a madeira foram 87,9%, 0,3% e 11,9%, respectivamente, e 85,1%, 1,6% e 13,3% para a casca. A espécie apresentou potencial para energia, mas ressalta-se que devido à ótima qualidade da madeira, o destino deverá visar usos mais nobres, como por exemplo serraria.
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