Apesar da cafeicultura no Brasil se destacar, colocando-o como o maior produtor e exportador do mundo, verifica-se que muitos impactos socioambientais foram sendo desencadeados durante esse processo. Nesse sentido, várias alternativas estão surgindo para o desenvolvimento de uma agricultura que seja mais sustentável. Os sistemas agroflorestais ou agroecológicos (SAF’s ou Agrofloresta), são sistemas produtivos que combinam culturas agrícolas com árvores florestais e frutíferas na mesma área, buscando uma utilização mais eficiente dos recursos naturais como solo, água e energia. Partindo dessa premissa, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento inicial de cafeeiros do cultivar “Catuaí Amarelo” em sistemas de cultivo convencional e agroecológico, visando verificar o seu efeito no desenvolvimento da espécie em campo, por meio da determinação de parâmetros morfológicos de altura e diâmetro de colo. O experimento foi instalado na área do Núcleo de Estudos em Agroecologia do IFTM campus Uberlândia e as práticas agrícolas na condução dos dois tratamentos (convencional e agroecológico) respeitaram os conceitos e o manejo envolvidos em cada sistema. As plantas foram cultivadas em espaçamento de 0,8m entre plantas e 2m entre linhas e o delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com 3 repetições de 30 plantas. Para a coleta dos parâmetros morfológicos foram realizadas quatro avaliações com o intervalo de 45 dias entre elas. Os resultados mostraram que, durante o período avaliado, as plantas de café cultivadas em sistema agroecológico apresentam valores de altura e diâmetro do colo significativamente maiores que os obtidos para as plantas cultivadas em sistema convencional.

Presume-se que existe estreita relação do teor de matéria orgânica com as demais propriedades físicas, químicas e biológicas de um solo, sendo assim de fundamental importância um manejo sustentável para a manutenção da capacidade produtiva do solo a longo prazo. Sendo assim, o projeto teve como objetivo analisar a qualidade do solo (QS) em um sistema Agroflorestal Sintrópico de 2 anos e meio de implementação (que antes consistia em uma área de pasto), em função dos teores de matéria orgânica. Para isso, foram coletadas seis amostras compostas, formadas por três amostras simples, entre as linhas de cada cultura, nas profundidades de 0 a 5 e de 5 a 20 cm, na área agroflorestal do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro, campus Uberlândia – MG. Foram obtidos resultados significativos tanto para o teor de matéria orgânica, sendo a média de 28,10 g.dm-3 para as linhas e de 33,77 g.dm-3 para as entrelinhas, quanto para o teor de carbono, sendo a média de 16,30 g.dm-3 para as linhas, e de 19,59 g.dm-3 para as entrelinhas, o que indica que os Sistemas Agroflorestais parecem ser uma opção favorável para agricultores que desejam manter seus sistemas produtivos, mas também seus recursos abundantes e seu solo vivo e saudável.