Introdução: O uso da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) orienta o raciocínio clínico e o planejamento do cuidado oncológico. Objetivo: Determinar a funcionalidade e a incapacidade de mulheres mastectomizadas, por meio da aplicação de questionários de qualidade de vida e autoestima, perimetria e biofotometria, convertidos pelo método de ligação com as categorias da CIF. Método: Estudo transversal com 30 mulheres mastectomizadas com idade acima de 40 anos, independentemente do tempo pós-operatório, avaliadas por questionários de qualidade de vida, disfunção de membro superior, escala de autoestima de Rosenberg, biofotometria e perimetria, convertidos pelo método de ligação com as categorias da CIF. Resultados: As mulheres submetidas à cirurgia oncológica mamária apresentaram frequentemente alterações na estrutura do corpo (pelos (86,6%), mama e mamilos (76,6%)) e na função do corpo (dor no membro superior (83,3%) e redução da mobilidade do ombro nos movimentos de abdução (100%) e flexão (93%)); limitações nas atividades (concluir rotina diária (73,3%), transportar (76,6%), rodar ou torcer utilizando as mãos (80%), lavar partes do corpo (73,3%), realizar tarefas domésticas (73,3%)); restrições na participação (lidar com responsabilidades (73,3%)); e presença de facilitadores ambientais (relação familiar e serviços de saúde). Conclusão: Mulheres submetidas à cirurgia oncológica mamária apresentam incapacidades relacionadas a alterações de estrutura e função do corpo, limitações de atividades, restrição na participação e presença de facilitadores ambientais, sugerindo impactos além da condição de saúde na vida delas.
Introdução: O fisioterapeuta possui competências para avaliar pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) permite norteá-lo no contexto biopsicossocial do indivíduo. Objetivo: Criar uma ficha de avaliação fisioterapêutica para UTI baseada no modelo conceitual da CIF, inserindo as categorias dos componentes de saúde para classificação. Metodologia: Estudo descritivo, qualitativo, que propõe uma ficha de avaliação fisioterapêutica utilizando o modelo conceitual da CIF, realizado em 4 fases: busca referente a utilização da CIF no ambiente hospitalar; procura de protocolos já utilizados para avaliação fisioterapêutica em UTIs; seleção dos componentes de saúde para a ficha proposta; e realização do método de ligação com as categorias da CIF, com a estruturação lógica da ficha. Resultados: A proposta contou com 54 categorias da CIF, sendo 9 de atividade e participação (d), 31 de função corporal (b), 7 de estrutura corporal (s) e 7 de fatores ambientais (e). Nela, há um diagrama o qual propõe que o profissional descreva em cada componente de saúde o que será avaliado, bem como seções de identificação do paciente, histórico da doença, exame físico, diagnóstico fisioterapêutico e objetivos. Conclusão: A ficha de Avaliação Fisioterapêutica para UTI construída sob as perspectivas qualitativa e quantitativa da CIF pode facilitar sua implementação em ambiente hospitalar e melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde, além de permitir que o fisioterapeuta elabore o diagnóstico e trace objetivos e condutas centrado no indivíduo, independente da sua condição de saúde.
A indicação da toxina botulínica do tipo A (TBA) para indivíduos com história de acidente vascular cerebral (AVC) é uma prática clínica comum para redução da espasticidade. Objetivo: Investigar se a ação da TBA sem associação com outras intervenções impacta na capacidade da atividade de andar nos indivíduos pós-AVC. Método: Revisão sistemática com estudos provenientes da Cochrane Central Register of Controlled Trials, MEDLINE, SciELO, PEDro e LILACS, em inglês e português, entre 2010 a 2020. Foram incluídos ensaios clínicos controlados, com participantes pós AVC submetidos a aplicação de TBA em idades entre 18 a 50 anos de ambos os sexos. A seleção dos artigos foi realizada por dois avaliadores, com extração dos dados e avaliação de qualidade da evidência pela PEDro, segundo critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos. Resultados: Dos 183 artigos, quatro permaneceram para análise final. A aplicação da TBA em indivíduos pós AVC ocorreu em sua maioria em flexores plantares e os achados relacionados com a atividade andar foram o aumento da passada, da velocidade da marcha, de distâncias percorridas ao caminhar e redução do tempo de execução de ações, como subir e descer degraus. Conclusão: A TBA proporciona melhora da capacidade para andar em indivíduos pós AVC e o conhecimento dos seus benefícios pós aplicação é essencial para informar aos pacientes da importância de aproveitar este momento, para modificar comportamentos que acentuam os padrões de compensação, que tanto corroboram para o retorno de limitações de atividades e não devido ao término da ação da TBA.
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