A rastreabilidade assegura o registro das informações sobre o ‘caminho’ que o alimento percorreu desde a produção no campo até a mesa do consumidor. A Anvisa conjuntamente com o Mapa, por meio da INC nº 2, de 2018 e INC nº 1, de 2019, exigiu a adequação dos produtores para os procedimentos da rastreabilidade de produtos vegetais, Entretanto, quando os alimentos são produzidos por agricultores familiares, considerando das comunidades com grau de escolaridade baixo, falta de infraestrutura e muitos sem acesso a internet, a rastreabilidade passa a ser um grande desafio. Este artigo verificou a adequação do agricultor familiar à rastreabilidade da cadeia produtiva de alimentos, por meio da aplicação de estudo de caso múltiplo. Foi realizada uma pesquisa com nove propriedades rurais de hortaliças localizadas na região do Alto Tietê, Brasil. Nos resultados foi evidenciado que apenas um produtor implementou o sistema de rastreabilidade, mas para controle de somente 1% do total da sua produção, que atende grandes redes de fastfood. A maioria dos produtores tem o ensino fundamental incompleto (55%), trabalham praticamente sozinhos na produção e contam com auxílio de familiares. Os resultados ainda apontaram que os produtores não têm como realizar a rastreabilidade devido a falta de registro dos insumos utilizados na produção, o que inviabiliza a implementação mesmo se a comunidade tiver infraestrutura de TI. Dessa forma, considera que a rastreabilidade é importante para a cadeia de alimentos, mas mediante a falta de estrutura legal dos insumos adicionado a falta de assistência técnica tornam dificil a adequação à INC 01, de 2019 pelos produtores do Alto Tietê.
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