O presente estudo avalia o efeito da dieta sobre a reprodução e o desenvolvimento dos cladóceros Ceriodaphnia dubia e Simocephalus iheringi, cultivados em laboratório. Indivíduos adultos foram distribuídos por seis frascos de 1 L (10 indivíduos por frasco), divididos em dois lotes iguais. Um lote foi tratado com dieta mista de microalgas (Ankistrodesmus sp., Dictyosphaerium sp. e Volvox sp.) cultivadas em laboratório e o outro lote foi tratado com dieta unialgal (Volvox sp.). O período experimental foi de 21 dias, com fotoperíodo de 8 h e temperatura entre 26 e 28 ºC. A quantidade fornecida foi de 20 mL da cultura algal com a densidade de 1,01 x 106 células mL-1, a cada quatro dias. Foram feitas duas contagens da população (sete e 14 dias), em câmara de Sedgwick-Rafter, com aumento de 40 X, utilizando-se subamostras de 1 mL. Para cada tratamento foi verificada a fecundidade média, o tempo de desenvolvimento embrionário, o tempo de desenvolvimento pós-embrionário, a idade da primeira reprodução (IPR), o tempo de vida (TV), a taxa intrínseca de crescimento e o tempo de duplicação da população. Para as duas espécies estudadas, a fecundidade média e o crescimento populacional foram maiores, com a dieta mista. Esta proporcionou maior tempo de vida para Ceridaphnia dubia e menor tempo de vida para Simocephalus iheringi, em relação à dieta unialgal. A fecundidade foi afetada pela dieta, pelo tamanho das fêmeas (Ceridaphnia dubia) e pelo tamanho da população (Simocephalus iheringi). Os melhores resultados, para ambas as espécies, foram obtidos com a dieta mista.
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