A Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM) favoreceu o crescimento urbano na região em seu entorno, gerando impactos ambientais de uso e ocupação do solo e microclima. Para melhor compreensão destes impactos, o uso de geotecnologias tem auxiliado no monitoramento de determinadas variáveis ambientais, como a Temperatura de Superfície Terrestre (TST) e índices espectrais, tais como o Normalized difference vegetation index (NDVI) e Normalized Difference Built-up Index (NDBI), adotadas neste estudo. Foram utilizadas imagens dos satélites LANDSAT 5 e LANDSAT 8, referentes aos anos de 2011 e 2020, para aferição da TST, NDVI e NDBI. Os resultados indicaram que após a consolidação do empreendimento, uma área de 96 km² passou a ser alagada e 203 km² de área vegetada foi convertida em ambiente construído. Houve aumento da TST no período analisado, com uma diferença de mais de 8º C entre as máximas, chegando a 34 ºC. Ademais, os valores dos índices espectrais foram submetidos à análise estatística, através de correlação linear de Pearson, em comparação com a variável de temperatura. Estatisticamente observaram-se relações de influência negativa (-0,48) entre as variáveis TST e NDVI, e positiva (0,69) entre TST e NDBI. De modo geral, a construção da UHBM gerou mudanças expressivas no espaço, com significativa alteração do microclima. A perda de parte da área vegetada e conversão em ambiente construído/alagado está relacionada com o aumento da TST.
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