Os territórios municipais se alteram constantemente por uma série de fatores, áreas novas passam a ser urbanizadas, enquanto áreas utilizadas são abandonadas iniciando uma recuperação natural. Estes processos consolidam a dinâmica da expansão urbana que se propaga pelos territórios brasileiros. A exploração de áreas rurais e de preservação ambiental para criação de loteamentos no município de Bragança Paulista se mostrou a principal prática do mercado, apoiada pela legislação, gerando inúmeros impactos socioambientais. Este estudo buscou utilizar ferramentas de geotecnologias para compreender de forma quantitativa os impactos no território e analisar os padrões de dispersão dos novos loteamentos urbanos a partir dos limites de cinco microbacias hidrográficas que dividem o território e orientam processos de planejamento do município.
Este artigo tem como objetivo caracterizar a utilização dos grupos focais como metodologia qualitativa para aproximação ao território urbano, sendo uma ferramenta de produção de dados a partir da percepção de um grupo representativo de participantes com características em comum. A estratégia metodológica, pouco utilizada no campo da Arquitetura e Urbanismo, destacou a importância da visão da população acerca de temáticas complexas, valorizando diferentes saberes e leituras do território, além da sua inserção no papel de agente capaz de promover mudanças. A pesquisa se concentrou na população em situação de vulnerabilidade do município de Campinas em relação às doenças Dengue e COVID-19, a partir de mapeamentos de dados primários entre o período de março de 2020 a setembro de 2021. Em contato com entidades da sociedade civil, foi possível organizar grupos focais para a discussão de sua compreensão e percepção sobre ambas as doenças aplicando grupos focais em dois locais, o que se mostrou essencial para a investigação de um cenário complexo e inesperado, com a sobreposição das doenças e uma mudança significativa na qualidade de vida destas populações referente aos aspectos de suas habitações e à percepção da gestão pública da pandemia, dependendo também da sensibilidade dos pesquisadores para que as discussões se desenvolvessem de maneira coerente. Por fim, a metodologia do grupo focal se mostrou propícia para se criar um ambiente descontraído e seguro para os participantes falarem sobre suas problemáticas e refletirem sobre os impactos de ambas as doenças em seu dia a dia.
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