RESUMO Este artigo é oriundo de pesquisa que buscou aprofundar discussões existentes sobre a avaliação dos investimentos em TI e como aferir o impacto destes sobre o desempenho organizacional. O objetivo consistiu em identificar e analisar os impactos dos gastos e investimentos em tecnologia de informação no desempenho financeiro das indústrias brasileiras. Os resultados obtidos possibilitam afirmar que as indústrias que mais investiram em Tecnologia de Informação (TI), no período de 2001 a 2011, obtiveram maior crescimento da sua receita operacional e resultados operacionais melhores, comparadas com as indústrias que investiram menos no período. Foram adotadas métricas contábeis-financeiras e indicadores de gastos em TI, bem como a combinação de técnicas estatísticas para as análises em diversas etapas do trabalho de tese. O universo da pesquisa foi composto pelas companhias brasileiras, de capital aberto, do ramo industrial, com ações ativas na BOVESPA, totalizando 119 companhias. Por meio de uma survey obteve-se os dados complementares referentes aos gastos e investimentos em TI; os questionários semiestruturados foram encaminhados ao Gerente de TI (Chief Information Officer). Dessa forma, obteve-se uma amostra significativa, com 53% da população estudada. A pesquisa empírica culminou com a adoção de modelo econométrico dinâmico, estimado pelo Método dos Momentos Generalizado (GMM), satisfazendo as condições do modelo de Arellano-Bond (1991). Este modelo mostrou-se mais adequado para tratar possíveis correlações espúrias, possibilitando identificar que os gastos e investimentos em TI, (IGTI t-2), de dois períodos anteriores impactam no Resultado Operacional Atual, (ROPt), evidenciando o efeito tardio (lag effect). A principal variável de TI da pesquisa, o IGTI, é calculada pela soma de gastos e investimentos em TI anuais (OPEX/CAPEX), dividida pela Receita Operacional Líquida anual. Para pesquisas futuras, há a possibilidade de buscar medidas de avaliação por tipos de investimento em TI, ligado a cada investimento e também poderia ser utilizado dummies de tempo nas regressões, visando mitigar os resultados apurados e possíveis interferências no desempenho.
Resumo: O objetivo desta pesquisa consiste em analisar o efeito mediador de mecanismos de governança na relação entre capacidade operacional, tecnologia e capital intelectual para compreender o desempenho inovador de empresas de pequeno porte (EPP). Na fase de preparação e coleta dos dados, houve a participação do Serviço Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (SEBRAE-PR), que auxiliou no processo de seleção das empresas, por meio da ferramenta de inteligência de dados para classificar aquelas com alto potencial para inovação. Gerar inovação tornou-se necessário para todos os segmentos de empresas, porém é igualmente importante entender suas fontes, como do capital intelectual e outras variáveis. Quanto aos aspectos metodológicos, adota uma abordagem quantitativa, por meio do Método de Equações Estruturais (PLS). O modelo possui quatro variáveis preditoras para compreender os efeitos na variável dependente Desempenho Inovador. Dentre os resultados encontrados, a pesquisa afere que mecanismos de governança está mediando capital intelectual em 32,2% na relação final para o desempenho inovador. Esta mediação é percebida em três dos quatro fatores. O modelo proposto foi capaz de explicar 66,4% do "Desempenho Inovador" destas empres. Uma das contribuições da pesquisa é a comprovação empírica de que o capital intelectual pode ser promovido a partir da capacidade absortiva, em especial supervisão, que impacta no desempenho das empresas analisadas. Os resultados estão em consonâncias com a literatura estudada. Para futuras pesquisas, será importante a ampliação do número de empresas para outras regiões brasileiras, devido à importância das EPP no cenário nacional e mundial.
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