RESUMO:O Vale do Submédio do São Francisco ( VSMSF) é um importante território que abrange municípios de Pernambuco e Bahia. A dinâmica econômica local é promovida pela Fruticultura Irrigada e Vitivinicultura, formando importantes arranjos produtivos e inovativos. A proposta deste artigo é analisar os fluxos comerciais da atividade frutícola, pois uma característica importante de um Arranjo Produtivo Local (APL) é a sua relação econômica, política e institucional com o que está fora do território. Este APL está inserido em um contexto de mercado nacional e global. A parte teórica aborda principalmente os argumentos e metodologias da RedeSist/UFRJ. Também são utilizados bancos de dados institucionais para obtenção de informações sobre produção, fluxo comercial nacional e internacional, censo agropecuário. Esses dados analisam os fluxos comerciais da manga, uva, coco-da-baía e melão. No fluxo internacional, percebe-se que este APL é suscetível às mudanças no cenário econômico dos principais demandantes de seus produtos -Estados Unidos e Países Europeus -causando, portanto, uma dependência. A análise do fluxo interestadual demonstra que não é apenas uma alternativa em períodos de crise internacional, mas também um mercado potencial. O estudo conclui que outros gargalos freiam seu desenvolvimento, como ausência de melhorias na logística e política de inovação.
PALAVRAS-CHAVE:Arranjo Produtivo Local; Fluxos Comerciais; Vale do Submédio do São Francisco.
Neste trabalho desenvolve-se o estudo do Arranjo Produtivo Local (APL) de Confecções em Campina Grande, na Paraíba, a partir da abordagem de desenvolvimento industrial e da economia da inovação e do conhecimento, focalizando as ações de aprendizado, capacitação e relações de cooperação dos vários atores do APL. Conclui-se que o desempenho inovativo é significativamente melhorado pela utilização de uma estratégia cooperativa de desenvolvimento tecnológico, como exemplificado pela análise do consórcio formado em torno do algodão naturalmente colorido.
Neste trabalho, objetiva-se estabelecer uma métrica de similaridade entre o grau de inovação (GI) de grupos de empresas de um mesmo segmento e sua localização geográfica. Dessa forma, reforça-se a importância dos agentes externos no desempenho das empresas localizadas em uma determinada região geográfica, possibilitando-se a adoção de estratégias que reduzam as diferenças regionais a partir de ações que incentivem a inovação. Com base nas métricas definidas no radar de inovação, é obtido o grau geral de inovação de 54 empresas de pequeno porte (EPP) distribuídas em três amostras aleatórias de 18 organizações cada. A partir dessas amostras, foram realizados testes de análise de variância, identificando-se similaridades entre os três grupos. Da análise dos resultados obtidos, identificou-se maior similaridade entre as empresas localizadas em uma mesma cidade. Comprova-se, assim, a validade da métrica apresentada com a indicação das variáveis exógenas e formação de arranjos locais de produção na formação de clusters de inovação.
O estudo analisa a competitividade presente e esperada de arranjos produtivos de calçados na Paraíba. Para tal, utiliza dados primários obtidos entre 2002 e 2003 junto a 211 empresas produtoras de calçados e a várias instituições públicas e privadas que fazem parte do arranjo. Esses dados primários são complementados por outros de fontes secundárias. A competitividade é estudada em três grandes grupos de empresas, distribuídas por três espaços da produção estadual: as grandes empresas produtoras instaladas a partir dos anos 80, os produtores formais de calçados de boa qualidade e a produção de calçados populares. A avaliação da competitividade baseia-se em fatores internos, setoriais e sistêmicos. São identificadas as principais fontes de competitividade do arranjo e é mostrado que o conjunto dessas fontes (tanto presente quanto esperada) varia entre os três grupos, a despeito do compartilhamento de algumas delas por dois ou mais desses grupos.
Procuramos apresentar, neste trabalho, diversas aplicações dadas ao conceito de capital social abordadas na literatura cientíica. De maneira mais especíica, articulamos essa forma de capital à abordagem territorial que vem sendo desenvolvida no Brasil, a partir do Programa Territórios da Cidadania, capitaneado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. O objetivo é pensar como este tipo de capital tem sido considerado dentro da perspectiva territorial de execução de políticas públicas, sobretudo para o meio rural brasileiro.
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