Resumo: Nos estudos sobre políticas sociais, mormente sobre o Bolsa Família, o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) ainda é frequentemente tratado como uma espécie de caixa-preta, um objeto ainda escassamente explorado e efetivamente compreendido. Não obstante a elaboração e consolidação do CadÚnico envolveu uma série de relações complexas que levaram tempo para serem consolidadas. Sendo assim o objetivo do artigo é apresentar resultados de uma pesquisa que interpretou o CadÚnico como uma infraestrutura para programas sociais, dito de outra forma o estudo explorou as escolhas e relações de caráter sociotécnico imbricadas no desenho e operacionalização do Cadastro. Para isso foram realizadas entrevistas e pesquisa documental compreendendo desde a criação do CadÚnico em 2001 até o ano de 2015, tendo como marco teórico os Estudos de Infraestrutura dentro do escopo dos Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia. O artigo conclui que a trajetória do Cadastro Único revela alguns aspectos do desafio de enfrentar a pobreza como uma questão multidimensional que exige o trabalho de diversas frentes e a articulação de diversos ministérios, ao mesmo tempo em que cria um formulário e uma base de dados que busca organizar e classificar de maneira objetiva informações complexas. Com isso, esperamos contribuir para a compreensão de uma das engrenagens que movimentam os programas sociais brasileiros na atualidade.
O presente artigo tem por objetivo discutir a relação entre cultura e educação em Friedrich Nietzsche, filósofo conhecido pelo caráter intempestivo de seus escritos e profundo crítico de sua época. Sua abordagem da questão da educação é, na verdade, um profundo questionamento da própria função e do propósito da prática educativa, a qual ele diagnosticou como estando, já em sua época, cada vez mais submissa e atrelada aos interesses de uma economia de mercado, mero adestramento e preparação para o mercado de trabalho.
Este artigo parte da pandemia por COVID-19, no Brasil de 2020, para propor uma reflexão que coadune conceitos como o de Necropolítica, Crise e Biopoder com o pensamento anár-quico de Antonin Artaud, figura-chave para os estudos teatrais, de modo a propor linhas de fuga ao momento atual, tentando pensar para além da crise. Articula-se aqui referências importantes do pensamento contemporâneo sobre a situação pandêmica com as inquietações que nos assolam enquan-to artistas e pesquisadores do Aporia - Grupo de pesquisas em Filosofia e Performance, discutidas virtualmente ao longo dos meses de isolamento social ocasionados pela pandemia.
Arte e História do Ser: algumas considerações sobre o caminho do pensamento de Heidegger a partir do ensaio A origem da Obra de arte Art and History of Being: some considerations on the path of Heidegger's thought from the essay The Origin of the Work of Art Ontologia ; História do Ser ; Estética ; Heidegger ; Martin PALAVRAS-CHAVE Pretende-se discutir a relação entre a questão da arte e a história do ser, tal como esta progressivamente se constrói na obra de Martin Heidegger, sobretudo a partir de meados da década de 1930, de modo a identificar e destacar o papel fundamental que a abordagem desta questão detém para a chamada viragem (Kehre) e o caminho do seu pensamento para além dos limites da analítica existencial, empreendida em Ser e Tempo (1927) e em direção à construção da chamada "história do ser" e à questão do acabamento da metafísica como niilismo, desenvolvida na última fase de sua obra. We intend to discuss the relationship between art and the history of being, as this is gradually build on the work of Martin Heidegger, particularly from the mid-1930s, in order to identify and highlight the key role that this issue has for the so-called turning (Kehre) at his work and the path of his thinking, beyond the limits of existential analysis, undertaken in Being and Time (1927) and towards the construction of a "history of being" and the finishing of metaphysic as nihilism, developed in the last phase of heideggerian work.
RESUMO Para se Dançar às Avessas: Artaud, Mbembe e a dança como insurgência visceral do corposem-órgãos – Investiga-se aqui a questão do corpo (e da dança como superação possível de seus automatismos). Para tanto, apresenta-se o conceito alargado de dança na contemporaneidade, tendo Artaud e o conceito de corpo-sem-órgãos como ponto de partida. Em um segundo momento, a discussão se amplia com a leitura necropolítica da atualidade, realizada por Mbembe, que aprofundou a biopolítica em conceitos como mortificação, reconstrução de si e visceralidade. Finalizando, a metodologia utilizada é a de revisão bibliográfica, e as conclusões alcançadas apontam em direção ao corpo – sobretudo o corpo que dança – como possibilidade de insurgência da assim chamada resistência visceral.
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